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Auxílio emergencial: Bolsonaro e Maia
Auxílio emergencial: Bolsonaro e Maia e a “alternativa” para garantir pagamento de R$ 600 a informais.| Foto: Antonio Cruz/ Agencia Brasil

Para começar esse resumo de notícias. O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou nesta terça-feira (9) que o governo pretende unificar programas sociais e estender o auxílio emergencial para trabalhadores informais por mais dois meses. O novo valor do auxílio emergencial pago durante a pandemia de Covid-19 deve ser de R$ 300.

A proposta de Bolsonaro. Segundo o presidente Jair Bolsonaro, há congressistas que defendem R$ 600 para o auxílio emergencial, o que só seria possível, segundo ele, se houver um projeto para reduzir pela metade o salário de deputados e senadores. “Se tivermos um programa para diminuir o salário do parlamentar, a metade, grande parte do salário ser usado para pagar isso aí, tudo bem”, disse.

A resposta de Maia a Bolsonaro. Presidente da Câmara, Rodrigo Maia afirma que topa reduzir salários dos Três Poderes para cobrir a despesa. "O governo tem autorização para renovar a renda emergencial pelo mesmo valor, a lei não permite reduzir sem encaminhar ao Congresso Nacional uma proposta”. Depois, no Twitter, escreveu: “Se os Poderes estiverem de acordo com a redução temporária dos salários de todo o funcionalismo público federal para bancar a prorrogação do auxílio emergencial, o Parlamento vai participar e vai defender”.

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Imagem brasileira. Se realmente houver um consenso entre Bolsonaro e Maia para bancar o auxílio emergencial, e a medida “não ficar apenas na conversa”, talvez a imagem brasileira no exterior possa melhorar. Afinal, os recentes desentendimentos do Planalto com o Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso e os governadores de estado têm repercutido internacionalmente. Especialistas afirmam que essa crise de imagem exterior dificulta a retomada, inclusive, de investidores; entenda na reportagem de Leonardo Desideri, de Brasília.

Utilidade pública

Atualização. Em relatórios distintos, nesta terça (9), o Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass) e o Ministério da Saúde informaram 1.272 registros de novos óbitos por Covid-19 e 32.091 casos em 24 horas – total de 38.406 óbitos e 739.503 infecções e, segundo a pasta, 311.064 recuperados. Ministro interino, Eduardo Pazuello quer reorganizar os registros para informar as “datas precisas” das mortes. Entenda no texto de Camila Abrão como funciona a metodologia de divulgação que o Ministério da Saúde pretende adotar.

Assintomáticos de coronavírus. Após a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgar que pacientes assintomáticos da Covid-19 teriam chances raras de transmitir o coronavírus, a própria OMS tratou de retificar a informação. O fato é que pacientes pré-sintomáticos (ainda por manifestar sintomas de Covid-19) colaboram consideravelmente com a difusão do vírus. Para entender melhor, a repórter Amanda Milléo explica o que a OMS concluiu e as recomendações dos especialistas.

Cloroquina preventiva? Segundo nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, os dois milhões de comprimidos de hidroxicloroquina doados ao Brasil pelos Estados Unidos deverão ser usados, em parte, de forma profilática, ou seja, para “prevenir o coronavírus”. A indicação, contudo, contraria a própria recomendação do Ministério da Saúde.

Minuto coronavírus

Política e economia

Fundos contra a Covid. O ministro da Economia, Paulo Guedes, manifestou apoio a um projeto que desvincula verbas de 29 fundos públicos infraconstitucionais, o que pode significar mais R$ 178 bilhões para enfrentar a pandemia; saiba mais na reportagem de Jéssica Sant’Ana, de Brasília.

Fake News e STF. Enquanto o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta terça (9), suspendeu a sessão que julga a cassação da chapa de Bolsonaro-Morão, referente à campanha presidencial de 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (10), começa a julgar a legalidade do inquérito das fake news que apura ofensas, ameaças e notícias falsas contra o STF. O problema: a Corte é vítima, acusadora e julgadora do caso. Confira na reportagem de Leonardo Desideri o posicionamento da Procuradoria-Geral da República e o provável desfecho do julgamento.

Argentina e Estados Unidos. O governo argentino anunciou a expropriação da quarta maior produtora agrícola do país, a Vicentin, que está em recuperação judicial. O presidente Alberto Fernández argumenta que a intervenção busca "defender seus 2.600 trabalhadores" e "garantir a soberania alimentar" do país. Já nos Estados Unidos, traduzimos um artigo do portal Daily Signal para que você entenda o movimento americano para desfinanciar a polícia, que ganhou  força após o  assassinato de George Floyd.

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Colunas e artigos

Derrubar estátuas? No domingo (7), manifestantes contra o racismo derrubaram estátuas do rei belga Leopoldo II, responsável por um genocídio no Congo. Mas quando antifascistas derrubam a escultura do antifascista Churchill, parece hipocrisia. Entenda no texto de Paulo Polzonoff e leia na coluna de Madeleine Lacsko por que a modinha importada não faz sentido. Nessa linha, segue uma “dica da Máfia” reproduzida por Alexandre Borges: Nunca odeie seus inimigos. E há quem, nesse debate, sofra ataques à reputação. É o caso da ex-jogadora de vôlei Ana Paula Henkel; confira a entrevista com Cristina Graeml.

Debates pandêmicos. Em uma reflexão sobre ciência e educação, Pedro Zany Caldeira explica o que a Covid-19 tem a ver com alfabetização. Ainda em discussões de saúde, o presidente Jair Bolsonaro ameaçou novamente deixar a Organização Mundial de Saúde e criticou a credibilidade da entidade. O colunista Filipe Figueiredo argumenta que o Brasil sair da OMS seria uma tolice. Gustavo Nogy complementa a crítica ao citar a omissão da China e o negacionismo do Brasil.

Nossa visão

Informação salva vidas. A polêmica envolvendo a divulgação de dados sobre a pandemia é fruto de uma inciativa atrapalhada do governo federal que, se procura dar resposta a um problema real, acaba fazendo pelos motivos errados e de um jeito nada republicano. Esse é o tema do novo editorial da Gazeta do Povo: Informações precisas são fundamentais para vencer a pandemia.

Os números se tornaram objeto de debate entre especialistas e autoridades públicas, com controvérsias ainda bem longe de terminar. As previsões mais catastrofistas parecem não se confirmar, mas o quadro não é nada animador. O número de brasileiros mortos já configura a maior tragédia de saúde pública das últimas décadas. O país caminha para ocupar as primeiras posições em termos proporcionais, numa lição nada animadora para os governantes e a sociedade brasileira como um todo.

Para inspirar

Descontos para doadores. Em Curitiba, um grupo de pais que tem filhos com problemas de saúde lançou o portal Bebê de Fibra, que reverte doações em descontas em estabelecimentos parceiros. Confira na reportagem de Alex Silveira mais informações sobre as famílias beneficiadas e os estabelecimentos cadastrados na plataforma.

Tenha um ótimo dia!

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