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Moro ainda pode perder seu superministério?
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Pública

Bom dia!

Para começar. Foi quase ao mesmo tempo. Enquanto o Ministério da Saúde atualizava os números do coronavírus no Brasil com recorde de mortes em 24 horas (407 no total), surgiu a especulação de que ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, poderia pedir demissão caso o presidente Jair Bolsonaro troque o diretor geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, homem de confiança de Moro.

Realmente houve uma conversa entre ministro e presidente sobre uma possível troca no comando da PF. Mas diversas fontes negam o pedido de demissão de Moro. O fato é que Valeixo vem "balançando no cargo" há meses e Moro e Bolsonaro lutam para entrar em consenso. Contudo, não está fácil. Correspondente da Gazeta do Povo em Brasília, Kelli Kadanus traz mais detalhes se há alguma chance de Moro deixar o cargo e nomes especulados para assumir o comando da Polícia Federal.

Conteúdo aberto

Atualização da Covid-19. A confirmação de 407 óbitos por coronavírus no Brasil em 24 horas preocupa. O patamar é próximo ao índice da Itália na quinta-feira e maior que o da Alemanha. De terça para quarta-feira haviam sido 165 óbitos. Ao todo, já são 3.313 mortes e 49.492 casos confirmados. Para o ministro Nelson Teich, há duas hipóteses: esforço no fechamento de laudos diagnósticos represados ou um indicador real de aumento.

Medicamentos. Teich também afirmou que, apesar da permissão do Conselho Federal de Medicina (CFM) para o uso da cloroquina e hidroxicloroquina em pacientes com sintomas leves da Covid-19, o uso dos medicamentos não pode ser considerado uma recomendação do Ministério da Saúde para tratar o coronavírus.

Coronavírus na Economia. Liderado por Paulo Guedes, o Ministério da Economia ficou em segundo plano na elaboração do Pró-Brasil, o programa do governo Bolsonaro para recuperar o país após a pandemia. De Brasília, a correspondente Jéssica Sant’Ana explica os alertas equipe econômica quanto a essa ação que lembra o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) de Dilma Rousseff.  E por falar em coronavírus na economia, Bolsonaro vetou integralmente o projeto que dispensa o trabalhador de apresentar atestado médico para justificar falta em caso de sintomas primários de coronavírus.

Podcast 15 Minutos

Exclusivo para assinantes     

Pelo mundo. Um dos países mais afetados pelo coronavírus, a Itália dá sinais de recuperação: o país teve mais altas do que novos casos de coronavírus; veja números na Europa e nos EUA. E aproveite para ler o artigo do diretor geral do Instituto Bruno Leoni e pesquisador no Cato Institute, o italiano Alberto Mingardi: A Itália está lutando contra a Covid-19 e contra o capitalismo. Já na China, a editora Isabella Mayer mostra que o número de casos de Covid-19 pode ser quatro vezes maior que o oficial.

Congresso gourmet. De Brasília, Lúcio Vaz apresenta os inacreditáveis gastos de senadores e deputados. Veja este exemplo: o senador e ex-presidente Fernando Collor gastou R$ 247 mil em um único restaurante; confira outros gastos e o que comem os parlamentares. Enquanto há banquetes no Parlamento, duas categorias de servidores têm as menores remunerações do funcionalismo, mesmo com reajustes. E são justamente duas das mais importantes.

Para ler e debater. Após a introdução de transexuais em esportes femininos, um governador norte-americano sancionou uma lei que proíbe homens de participarem de modalidades femininas; entenda melhor essa polêmica. E aproveite para conhecer como os “estudos da injustiça” corrompem o ensino universitário: umestudo comprova que editores de periódicos aceitaram artigos alinhados à sua visão esquerdista de mundo. E na crônica do dia, Paulo Polzonoff escreve sobre o que faltava neste momento: uma pandemia de raiva. Segue um trecho:

Aqui do conforto incômodo do meu isolamento social semiobrigatório, tenho pensado muito na raiva. Própria e alheia. Raiva que está para o século XXI como o tédio estava para aquele comecinho chato mesmo de século XIX, quando a maior ambição de um poeta era morrer jovem e de tuberculose.

O mais importante de ontem no Brasil

Nossa visão

Privatizações adiadas. Secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Salim Mattar afirmou que todo o programa de desestatizações previsto para 2020 ficará para 2021. O adiamento das privatizações é o tema de nosso novo editorial; leia aqui.

É de se supor que a equipe econômica tenha analisado todas as possibilidades antes de jogar a toalha de forma tão enfática. Se esses recursos já fariam muita falta em condições normais – antes da crise causada pelo coronavírus, a previsão de déficit primário era de R$ 124 bilhões –, seriam ainda mais necessários diante do enorme rombo que está por vir.

Para inspirar

Vídeo. Manter segredos e não priorizar o relacionamento são alguns dos sinais que podem indicar que o casamento não está saudável. Repórter da Equipe Sempre Família, Lorena Lafraia revela em um novo vídeo baseado com argumentos do terapeuta familiar Dave Willis: 7 diferenças entre casamentos saudáveis e casamentos doentes.

Tenha um ótimo final de semana: em casa sim, sozinhos nunca.

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