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vacina da Pfizer
Imunizante da Pfizer é a única vacina anti-covid com registro sanitário definitivo para uso no Brasil até o momento.| Foto: Justin Tallis/AFP

Para começar este resumo de notícias. O Brasil vai ganhar reforço na vacinação contra a Covid-19. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou nesta quarta-feira (3) que o governo federal irá comprar vacinas da Pfizer e da Janssen. A negociação envolve cerca de 99 milhões de doses – 9 milhões deverão ser entregues em julho, 30 milhões até setembro e 60 milhões até dezembro. Hoje, estão sendo aplicados no país dois imunizantes, a Coronavac e a Oxford/AstraZeneca. Há uma reclamação por parte de governadores sobre os critérios para distribuição das doses, de que há desproporção no fornecimento de doses por habitante. Jean Pecharki foi atrás dos números e constatou uma diferença de até três vezes entre alguns estados. Confira os dados.

Mobilização. Na terça-feira (3) a Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei autorizando a aquisição de vacinas por estados, municípios e iniciativa privada. Com isso, prefeitos e governadores intensificaram a busca por imunizantes. A Frente Nacional de Prefeitos lançou um consórcio intermunicipal para aquisição de vacinas, com mais de 100 prefeituras subscritas.

Vantagens. A vacina da Pfizer foi a primeira a receber aprovação de uso definitivo pela Anvisa, antes mesmo de estar disponível no mercado brasileiro. A da Janssen, por sua vez, é a mais recente a receber autorização para uso emergencial nos Estados Unidos. Conheça mais detalhes sobre cada uma, quais são as vantagens, valores de eficácia e como agem no organismo.

Utilidade pública  

Eficácia da Covaxin. Desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat Biotech, a vacina contra Covid-19 Covaxin apresentou eficácia de 80,6%, segundo resultados preliminares divulgados pela farmacêutica. Confira mais detalhes sobre o estudo. No fim de fevereiro, o Ministério da Saúde anunciou a compra de 20 milhões de doses do imunizante, previstas para chegar ao país em março. No Reino Unido, pesquisadores constataram que as vacinas desenvolvidas pela Pfizer e pela AstraZeneca reduziram em mais de 70% o risco de internação hospitalar por coronavírus entre pacientes idosos e frágeis que tomaram a primeira dose.

Atualização. Pelo segundo dia consecutivo, o Brasil bateu recorde de mortes causadas pela Covid-19. Segundo o último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, foram registrados entre terça (2) e quarta-feira (3) 1.910 óbitos. Foram registrados ainda 71.704 novos casos de coronavírus. Ao todo, o Brasil já registrou 10.718.633 diagnósticos positivos, com 259.271 óbitos e 9.591.590 recuperados.

Planos de saúde. Uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária estabelece a ampliação da cobertura de novos procedimentos e medicamentos pelos planos de saúde a partir de abril. Ao todo, são 50 novos medicamentos e 19 exames, terapias e cirurgias, conforme o documento. A nova determinação aprovada em fevereiro inclui ainda 17 medicamentos imunobiológicos e outros 19 antineoplásicos, indicados para tratamento de diversos tipos de câncer. Já entre os procedimentos incluídos estão cirurgias de hérnia de disco lombar e deformidade de mandíbula, além de problemas na coluna cervical e no coração.

Política e economia

PIB 2020. O IBGE anunciou nesta quarta-feira o resultado do PIB 2020: queda de 4,1%, pior resultado anual desde 1990, quando a economia encolheu 4,35%. Um número ruim, mas que contrariou as estimativas decorrentes da pandemia do coronavírus, que apontavam para retração de mais de 10%. Fernando Jasper explica que o desempenho do Brasil acompanhou a retração da economia do mundo e foi melhor que uma média de 25 países selecionados. A principal explicação para o PIB acima das expectativas é a concessão do auxílio emergencial, que ajudou a compensar a queda da renda no trabalho. Em nota, o Ministério da Economia disse apostar na retomada da economia nos próximos meses.

Auxílio emergencial. O Senado aprovou em primeiro turno, na noite de quarta-feira, a PEC Emergencial, proposta de emenda à Constituição que viabiliza o pagamento de uma nova rodada do auxílio emergencial. O total a ser pago está limitado a R$ 44 bilhões, destinado a pessoas que perderam a renda por casa da pandemia da Covid-19. Em troca, serão constitucionalizadas medidas de contenção de gastos que serão acionadas quando as despesas públicas saírem do controle ou quando for decretado estado de calamidade. Entre essas medidas, está o congelamento do salário dos servidores. Foram 62 votos favoráveis e 16 contrários.

Giro pelo mundo. A liberdade econômica na Argentina, que havia registrado melhora durante o governo Mauricio Macri, começou a declinar com a chegada de Alberto Fernandez à presidência. Em contrapartida, a inflação segue em alta, como mostram os pesquisadores James M. Roberts e Cristian Lopez, do Daily Signal. Nos Estados Unidos, uma cláusula no projeto de lei que libera US$ 1,9 trilhão para ajuda econômica na pandemia pode garantir aos servidores federais um auxílio de US$ 1,4 mil a quem tem filhos em casa.

O que mais você precisa saber hoje

Presidente da Câmara. Lira completa um mês como presidente da Câmara e já é alvo de críticas do Centrão

Educação. MEC recomenda que universidades punam atos político-partidários nas instituições

Direito de Família. Pedido de “devolução” de menina mostra insegurança jurídica nos processos de adoção no país

Bebidas. Indústrias de cerveja e vinho terão falta de garrafas de vidro até a metade do ano

Colunas e artigos

Ideologia de gênero. O Ministério da Educação foi criticado recentemente por priorizar conteúdos relacionados à alfabetização em detrimento de temas associados à igualdade de gênero e à orientação sexual. O colunista Luciano Trigo analisa essa postura do MEC e explica por que ideologia de gênero não é um assunto para ser tratado em sala de aula. Patrick Carroll comenta o novo livro de Bill Gates, que propõe medidas extremas para evitar o desastre climático, porém, sem questionar a que custo. E você já assistiu ao documentário sobre o craque Pelé, recém-disponibilizado na Netflix? Nosso colunista André Barcinski assistiu e ficou decepcionado. Saiba por quê.

Nossa visão  

Retomada econômica. É com um certo alívio – pois motivo para comemoração não existe, ainda mais diante de 250 mil mortes causadas pela Covid-19 – que o país recebe a notícia de que o PIB de 2020 sofreu uma queda de 4,1% na comparação com o de 2019. A redução era certa, devido ao estrago econômico da pandemia; só a sua dimensão era uma incógnita, e nos momentos mais agudos das medidas de restrição aos negócios houve estimativas de um tombo de até 10%. Tema para o nosso editorial: O PIB de 2020 e o roteiro da retomada.

Os que enxergam o copo meio cheio ainda apontarão que várias economias desenvolvidas, como Alemanha, Itália, Canadá, França e Reino Unido, tiveram quedas maiores que a brasileira. No entanto, o infortúnio alheio não reduz em nada nossa própria tragédia. E, em boa parte, a recuperação depende do que for feito internamente, mais que do cenário externo.

Para inspirar

Finanças e relacionamento. Problemas financeiros estão entre as principais causas de problemas conjugais. Mas é possível resolver questões de dinheiro sem transformá-las numa crise. Aliás, é possível até fazer com que isso fortaleça o relacionamento. Rossana Bittencourt, do Sempre Família da Gazeta do Povo, dá algumas dicas para harmonizar vida conjugal e financeira. Tenha um ótimo dia!

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