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Eduardo Pazuello, ministro da Saúde.
Eduardo Pazuello, ministro da Saúde.| Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Para começar esse resumo de notícias. Cinco dias após divulgar que a eficácia da vacina Coronavac é de 78% para casos leves de Covid-19 e 100% para graves e moderados, o Butantan e o governo de São Paulo divulgaram, nesta terça-feira (12) a eficácia geral da vacina: 50,34%, ligeiramente acima do mínimo exigido (50%) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aprovar um imunizante. Entenda na reportagem de Camila Abrão o que significa essa taxa de eficácia global e por que, na prática, o índice pode ser mais alto.

Dia D? Com dois pedidos de uso emergencial em mãos, da Coronavac e da vacina de Oxford/AstraZeneca (produzida no Brasil pela Fiocruz), a Anvisa pode liberar já no domingo (17) os imunizantes contra a Covid-19, quando fará uma reunião de diretoria. Há ainda a expectativa da chegada na próxima semana de 2 milhões de doses prontas da vacina de Oxford, vindas prontas da Índia, que poderão começar a ser aplicadas caso o produto seja aprovado. Veja o que diz a Anvisa sobre o prognóstico de aprovação de uso emergencial.

Utilidade pública

Outras vacinas. Além da vacina de Ofxford e da Coronavac, o imunizante da Índia Covaxin entrou no páreo para distribuir doses para o sistema privado e público de saúde no Brasil; confira. Já a vacina da Pfizer parece mais distante: uma reunião com a Anvisa terminou sem pedido de uso emergencial.

Atualização. O Brasil voltou a registrar mais de mil óbitos em um dia por Covid-19. Segundo o último boletim do Ministério da Saúde, foram registrados em 24 horas 64.025 novos casos e 1.110 mortes. O total de infectados no Brasil chegou a 8.195.637, com 204.690 óbitos e  7.273.707 recuperados. O crescimento do contágio levou Manaus a um novo colapso no sistema de saúde. Após o aumento de 193% dos sepultamentos, o presidente Jair Bolsonaro culpou o governo local por não utilizar o tratamento precoce com  hidroxicloroquina.

Taxa de transmissão.  Segundo monitoramento do Imperial College (Londres), o Brasil alcançou a maior taxa de transmissão de coronavírus desde novembro, chegando agora em 1,21. Isso significa que a cada 100 pessoas infectadas contaminam outras 121.  A maior taxa foi em abril, quando alcançou 2,81 infectados por pessoa contaminada.

Política e economia

Mercado e fechamento da Ford. Com o isolamento e a adoção do home office em muitas empresas, a transformação digital virou realidade em diversas companhias. Em reportagem, Cristina Seciuk mensura os principais sinais de como o coronavírus fez o mercado de trabalho saltar para o futuro; confira na série de reportagens: Trabalho sob o signo da pandemia. Também do setor de empregos, Giulia Fontes apurou 4 pontos para você entender por que a Ford decidiu fechar as fábricas no Brasil.

Disputa no Senado. Candidato à presidência de Senado apoiado pelo atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) até agora não apresentou propostas: há apenas alianças; confira na reportagem de Rodolfo Costa, correspondente em Brasília. O jornalista também acompanhou a formalização da candidatura do MDB, que escolheu Simone Tebet (MS): ela diz que não apoiará impeachment de ministros do STF. Essa candidatura no Senado, contudo, pode prejudicar o próprio partido na Câmara. Já o Podemos não descarta candidatura própria de Lasier Martins.

Giro pelo mundo. Nesta terça (12), o presidente da França, Emmanuel Macron, fez novas críticas ao Brasil e disse que depender da importação de soja do Brasil seria "ser conivente com o desmatamento da Amazônia". Nos Estados Unidos, o secretário responsável pela segurança da cerimônia de posse de Joe Biden pediu demissão. Já Donald Trump comentou um novo pedido de impeachment contra ele. Afirmou que é a “maior caça às bruxas da história” e que a 25ª emenda constitucional, que autoriza o afastamento do presidente pelo vice, “voltará para assombrar Biden”. Também dos EUA vem a notícia de que passageiros terão que mostrar teste negativo de Covid-19 para entrar no país.

O que mais você precisa saber hoje

Colunas e artigos

Debates pandêmicos. Sempre é bom ouvir especialistas falarem sobre o que não sabemos. Esse é o caso agora. A editoria de Ideias deu voz ao biólogo e pesquisador do Ipea Nilo Saccaro falar sobre ciência, radicalização e liberdade na pandemia. Por sua vez, o doutor em Direito do Estado e professor universitário Fernando Mânica pergunta: Quanto você pagaria por uma vacina contra a Covid-19? O economista Ricardo Amorim também entra no debate pandêmico ao abordar palavras, significados, escolhas e consequências.

EUA e futuro do Ocidente. A “expulsão” de Trump do Twitter continua rendendo debates. Mas o que a Europa pensa da remoção de Trump das redes sociais? Confira no artigo de Ruben Razzante, professor de Direito da Informação na Universidade Católica de Milão. Já a doutora em Filosofia Bruna Frascolla comenta sobre guerra de nervos e o futuro que ela imagina após o colapso da China.

Nossa visão

Ameaça das Big Techs. “A chanceler considera problemático que as contas do presidente dos Estados Unidos nas redes sociais sejam fechadas definitivamente”, disse na segunda-feira o porta-voz da chanceler alemã, Angela Merkel. Ela nem de longe pode ser descrita como uma apoiadora incondicional de Donald Trump. Nós da Gazeta do Povo também temos uma visão sobre o banimento das mídias sociais do presidente norte-americano. Confira no editorial: As Big Techs e a liberdade de expressão ameaçada.

Não é uma discussão simples, pois envolve uma série de fatores, como o caráter privado das empresas (o que, para alguns, justifica que elas façam o que bem entenderem); a própria maneira como elas se descrevem ao público e como elas agem na prática; seu caráter quase oligopolista. Mas é responsabilidade das Big Techs defender e promover a liberdade de expressão, em vez de apossar-se dela como em uma distopia, calando ideias e pessoas de acordo com as próprias preferências.

Para inspirar

Família amorosa. Afeto, confiança, parceria são os desejos de toda a família. Mas nem todas se sentem assim, com essa proximidade. É possível mudar: não é uma receita de bolo, mas o repórter da Equipe Sempre Família Lucian Haro foi atrás de dicas da psicologia para construir uma família [ainda] mais amorosa e unida.

Boas leituras e um ótimo dia!

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