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Cemitério em Manaus e causa de mortes no Brasil: coronavírus
Cemitério de Nossa Senhora, em Manaus, uma das cidades mais atingidas pelo novo coronavírus. Doença foi a principal causa de mortes no Brasil nesta terça (19).| Foto: Michael Dantas/AFP

Para começar. A confirmação recorde de 1,1 mil registros de mortes e 17,4 mil casos de coronavírus em 24h, segundo informou o Ministério da Saúde, fez a doença – no mínimo –  igualar nesta terça-feira (19) a principal causa de mortes por dia no Brasil: as doenças cardiovasculares.

Comparativo. De acordo com o Instituto de Métricas e Avaliações de Saúde (IHME, na sigla em inglês), as doenças cardiovasculares representam 23% de causa de mortes no Brasil. Geralmente, elas giram em torno mil por dia, conforme dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) contabilizados pela ferramenta Cardiômetro (no ano já são mais de 150 mil, segundo a SBC).

Ranking. Com 271.628 casos de Covid-19 confirmados, 17.971 óbitos e 106.794 recuperados, o Brasil já ultrapassou o Reino Unido em número de infectados e está em terceiro lugar em ranking da Universidade Johns Hopkins - em primeiro estão os Estados Unidos, seguidos pela Rússia.

Outro desafio. O problema é que o vírus, definitivamente, chegou ao interior. Confira na reportagem de Fernanda Trisotto o impacto da pandemia nas pequenas cidades brasileiras.

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Para conter o vírus. O Ministério da Saúde anunciou a contratação via programa Mais Médicos de 7,5 mil novos médicos e a criação de um telefone de atendimento psicológico ao pessoal da “linha de frente”. Além dos profissionais, mais de 106 mil estudantes de áreas de saúde se registraram para auxiliar o SUS. Já a Câmara aprovou o uso obrigatório de máscaras em todo o país em espaços públicos durante a pandemia. Por outro lado, Donald Trump cogita a proibir voos dos EUA com o Brasil, mas em contrapartida enviará US$ 3 milhões para o combate ao vírus por aqui.

Vermífugo contra o coronavírus. Após uma vacina em desenvolvimento mostrar resultados animadores  contra o coronavírus, um estudo divulgado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia mostrou que um vermífugo pode ser eficaz na ação contra o coronavírus, veja na reportagem de Fernanda Trisotto. Outra pesquisa da ciência brasileira: um projeto do Paraná irá testar células-tronco extraídas de dentes contra a Covid-19, leia no texto de Roger Pereira. E Amanda Milléo explica os protocolos médicos da cloroquina.

Flávio Bolsonaro. Apesar de o coronavírus ser a emergência do momento, as denúncias contra o filho do presidente ganharam o noticiário. Após o empresário Paulo Marinho dizer que o senador foi antecipado sobre a operação da Polícia Federal que implicaria Fabrício Queiroz (assessor de Flávio), a PF irá interrogar policiais. Marinho será ouvido nesta quarta (20). Em outra denúncia, o advogado de Flávio entre 2019 e 2020, Victor Granado Alves, teria sido pago pelo PSL com dinheiro público, via fundo partidário. Também foi aberto um pedido de cassação de mandato.

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Doses de juros baixos. Após o presidente Jair Bolsonaro sancionar uma lei que cria crédito especial para micro e pequenas empresas na pandemia, alguns senadores tentam segurar um projeto que limita a 30% os juros anuais no cartão e cheque especial, confira na reportagem de Jéssica Sant’Ana. Aproveite ainda para ler na coluna de Roberto Indech se as reações econômicas atuais são alarmistas ou extremistas e na de Pedro Menezes por que a crise na saúde não é desculpa para parar as reformas.

Vai pra esquerda, vai pra direita. Não deveria, mas o coronavírus polarizou ainda mais os debates. Os colunistasMadeleine Lacsko e Rodrigo Constantino tentam definir um pouco esses lados. Madá questiona: o youtuber Felipe Neto é a cara da nova esquerda? Constantino provoca: diz que a “nova direita” é a velha esquerda. Ele ainda aborda, em outro texto, a “esperança dos moderados”.

E você, o que acha? Em mais uma polêmica na pandemia, equipes do Ibope foram impedidas de coletar sangue e dados para um levantamento sobre a Covid-19, feita em parceria com Universidade Federal de Pelotas (UFPel). A universidade argumenta que a pesquisa poderia colaborar para evitar que o coronavírus continue a ser uma das principais causa de mortes diárias no Brasil, ainda mais enquanto não há uma vacina. Neste sentido, Célio Martins alerta: a vacina promissora contra o coronavírus ainda tem um longo caminho a percorrer. E aproveite ainda para conhecer nesta animação a facilidade com que os vírus podem se espalhar em ambientes como um restaurante.

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Nossa visão

Trabalho agora e depois. Como o país está diante de um desafio duplo – agora, manter os empregos em carteira e a renda de autônomos e informais; depois, facilitar que os empregos perdidos sejam recuperados–, a equipe econômica começa a pensar em medidas que possam continuar em prática depois da pandemia. É o caso da desoneração da folha de pagamento. Tema para o novo editorial da Gazeta do Povo: A proteção do emprego e da renda – agora e depois.

Alguns detalhes importantes parecem ter escapado à percepção dos formuladores dessas políticas. Um exemplo é a linha de crédito para bancar a folha de pagamento, um dinheiro que está inacessível a inúmeras pequenas empresas pelo simples fato de elas não terem sua folha de pagamento bancarizada. Em outros casos, os bancos têm feito exigências adicionais para liberar os recursos – a única contrapartida exigida pelo governo é o compromisso de não haver demissões.

Para inspirar

Protagonismo. Quem anda entediado na pandemia pode se inspirar nesse exemplo. Um adolescente brasileiro de 15 anos criou um robô para testes rápidos da Covid-19, confira a história dele contada pela repórter Raquel Derevecki, da Equipe Sempre Família da Gazeta do Povo.

Tenha um bom dia.

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