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Equipes da limpeza pública auxiliam na limpeza urbana higienizando upas e hospitais. Curitiba, 25/03/2020. Foto: Pedro Ribas/SMCS
Pulverização em UPA de Curitiba para evitar a proliferação do coronavírus.| Foto: Pedro Ribas/SMCS

Para começar esse resumo de notícias. A prefeitura de Curitiba se viu obrigada a determinar o fechamento de atividades na cidade na segunda-feira (15). No último sábado (13), um decreto foi assinado e mudou a bandeira da situação do surto de coronavírus em Curitiba: de amarela para laranja; entenda na reportagem de Roger Pereira e veja os números da capital paranaense.

O que mudou. A Secretaria Municipal de Saúde proibiu a abertura de academias e clubes, igrejas, praças e parques, bares e casas noturnas, mas manteve shoppings abertos em períodos reduzidos (veja o que abre e fecha). A prefeitura, inclusive, obteve uma liminar contra manifestações de associações de bares e de centros de educação física, confira na reportagem de Catarina Scortecci. O executivo local, contudo, não resistiu à pressão empresarial e as academias foram liberadas.

Escalada de óbitos. Além da escalada de casos de coronavírus em Curitiba, mais 10 municípios do Paraná tiveram aprovação no estado calamidade pública. Após o registro da primeira morte por Covid-19, o Paraná levou pouco mais de dois meses para chegar a 200 óbitos pela doença, o que ocorreu entre os dias 2 e 3 de junho. Em dez dias, entre 12 e 13 de junho, passou de 300. Nesta segunda (15), bateu 334 registros (veja o último boletim).

O pior pela frente. Segundo o CRM-PR e a Sociedade Brasileira de Infectologia, essa deve ser a pior semana da epidemia no estado até agora. De Curitiba, Leonardo Coleto traz mais informações da SBI e da Secretaria de Saúde de Curitiba, que alertam para o risco de colapso nas UTIs da capital. Também pudera: o Paraná atingiu a terceira maior taxa de transmissão do coronavírus no Brasil, agora em 1,5 por caso.

Podcast 15 Minutos

Utilidade pública

Novo decreto de Porto Alegre. Após aumento súbito de casos de coronavírus, a partir desta terça (16), somente empresas com faturamento anual inferior a R$ 4,8 milhões poderão operar em Porto Alegre. O decreto retira escritórios de advocacia de serviços essenciais. Em shoppings, só podem abrir farmácias, bancos, lotéricas, correios e lojas com faturamento limitado. Restaurantes, bares, padarias e lojas de conveniência podem atender até às 23h. Saiba mais sobre a capital gaúcha e confira neste link o novo decreto de Porto Alegre para coronavírus. O estado tem 15.438 casos e 360 mortes.

Atualização nacional. Além do coronavírus em Curitiba e em Porto Alegre, nesta segunda-feira (15), o Brasil registrou 627 óbitos pela doença e 20.647 novos casos e, certamente, baterá 44 mil óbitos totais nesta terça (16). Confira os novos números divulgados pelo Ministério da Saúde e aproveite para entender na reportagem de Giulia Fontes se incentivar a entrada forçada em hospitais para filmagens, como pediu o presidente Jair Bolsonaro em transmissão online, é crime.

Cloroquina e câmaras de desinfecção. Também nesta segunda (15), o Ministério da Saúde estendeu o uso da cloroquina para crianças e gestantes para o tratamento de coronavírus. Por outro lado, os EUA revogaram autorização de uso do medicamento contra Covid-19. Já a Anvisa alerta: câmaras de desinfecção contra coronavírus têm efeito limitado; leia na reportagem de Adriano Justino.

Reabertura e volta atrás. Nesta semana, a Europa começa a reabrir fronteiras, mas mantém a restrição a pessoas outros continentes. Já a capital da China, Pequim, registrou 36 casos no domingo e ampliou o lockdown em bairros da cidade. Aproveite e confira na reportagem de Isabella Mayer os líderes mundiais que se fortaleceram e os que enfraqueceram na pandemia.

50 Anos do Tri

Esportes. Dia 21 de junho de 1970. Brasil e Itália realizam a final da Copa do Mundo do México. Cinquenta depois, a Gazeta do Povo celebra meio século de uma das maiores conquistas do esporte nacional.

Acesse agora nossa página especial "Brasil, futebol e arte" e (re)viva o tricampeonato da seleção canarinho.

Política e Economia

Sara Winter. Presa na manhã desta segunda-feira (15), a militante bolsonarista Sara Winter deve responder por crimes de associação criminosa e, de acordo com a Procuradoria-Geral da República, o grupo liderado por ela pode ser enquadrado na Lei de Segurança Nacional. Confira o que embasa a prisão de Sara Winter e saiba também os crimes que os manifestantes podem ter cometido ao simular um ataque com fogos de artifício contra o STF.

Abraham Weintraub. Após encontrar manifestantes pró-governo no domingo (14), o ministro da Educação foi multado pelo Distrito Federal por não utilizar máscara como medida preventiva de contenção ao coronavírus. Ele reclamou e disse que não foi notificado. No encontro com manifestantes, Weintraub disse novas frases polêmicas e há boatos de que, por pressão de integrantes do governo e do Judiciário, o ministro pode ser demitido. Até mesmo Bolsonaro criticou o subordinado.

Contra o racismo. Após um homem negro ser morto a tiros por um policial em Atlanta, na Georgia (EUA), os protestos antirracistas que ocorriam por conta da morte de George Floyd se intensificaram. O restaurante onde a vítima, Rayshard Brooks, morreu foi incendiado em retaliação. A chefe da polícia local, Erika Shields, pediu demissão. O atirador foi demitido. A polícia divulgou o vídeo e, com os pedidos de mudanças na legislação, o presidente Donald Trump planeja assinar um decreto para reformar as polícias norte-americanas.

O mais importante de ontem no Brasil

Colunas e artigos

Vozes na Gazeta. Em uma seleção de dicas de leitura para sua semana, destacamos algumas. O escritor Guilherme Fiuza fala sobre escravidão, vacina, lockdown e “feitiçaria”. Rodrigo Constantino e Renan Santos comentam a prisão de Sara Winter. Madeleine Lacsko escreve sobre humanidade e desumanidade e Diogo Schelp questiona: Por que é difícil acreditar nos fatos da pandemia?

Ciência e desinformação. Recentemente a revista científica britânica The Lancet, existente desde 1823, provocou confusão sobre os resultados da eficiência da cloroquina no tratamento da Covid-19. Tiago Cordeiro explica como funciona a publicação de artigos científicos – e por que erros como da “Lancet” acontecem. Mestre em Economia, Maurício F. Bento complementa o debate ao escrever por que a inovação vai derrotar o coronavírus e a crise de saúde.

Minuto coronavírus

Nossa visão

Derrubando o passado. Em editorial, a Gazeta do Povo comenta uma recente prática de manifestantes pelo mundo: a de derrubar e vandalizar estátuas históricas. Leia o editorial: Derrubando o próprio passado.

Se não aprendermos a olhar os aspectos positivos da contribuição dos homens que deixaram marcas importantes na história estaremos condenados a um revisionismo contínuo, incessante e doentio. E isso não faz sentido. Churchill pode ter expressado preconceitos da época, o que não diminui o fato de ter liderado a nação que lutou por longo período sozinha contra a Alemanha Nazista. Colombo, como homem de sua época, pode não ter se insurgido contra a escravidão, mas fez da coragem e do fato de ser um visionário uma contribuição extraordinária para a humanidade.

Para inspirar

Em casa. Em reportagem especial para a Equipe Sempre Família da Gazeta do Povo, Lucian Haro mostra como realizar uma regressão no aprendizado durante a quarentena e, ao mesmo tempo, incentivar os filhos a estudarem no período de isolamento.

Tenha uma ótima semana!

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