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Bolsonaro e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afinaram o discurso nesta quarta: ministro diz que permanece no cargo até quando o presidente quiser.
Bolsonaro e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afinaram o discurso nesta quarta: ministro diz que permanece no cargo até quando o presidente quiser.| Foto: Isac Nóbrega/PR

Para começar. Apesar de o presidente Jair Bolsonaro propor a realização de “isolamento vertical” (entenda o que isso significa) para conter o coronavírus no Brasil, governadores já decretaram quarentena. Mas no momento não essa não é a recomendação do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Tal visão diverge da de especialistas em Infectologia – área da Medicina focada no tratamento de doenças causadas por vírus, bactérias, entre outros patógenos. O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Clóvis Arns da Cunha, manifestou preocupação com a ideia do presidente. Confira no texto de Roger Pereira qual é a recomendação dos médicos para saber sobre o momento de sair de casa.

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Estratégia oposta? Enquanto a recomendação da SBI é de isolamento por pelo menos 15 dias, Mandetta pensa diferente. Diz que a quarentena pode ser necessária “em duas ou três semanas”, dependendo dos números. Ao todo, são 2.433 casos da Covid-19 confirmados até esta quarta (25) no Brasil; veja números e letalidade. Para o ministro, os números crescem no ritmo projetado. Mas adiantou que o governo liberou hidroxicloroquina para tratar pacientes graves. O medicamento vem mostrado bons resultados, mas possui fortes efeitos colaterais.

Pelo mundo. As mortes pela Covid-19 na Espanha chegaram a 3.434 e ultrapassaram as da China, que adotou medidas drásticas para reduzir o contágio. O número de óbitos está em crescimento mais acelerado do que na Itália, que - apesar de queda nas mortes diárias e de recentes elogios da OMS - já ultrapassou a marca de 7 mil mortos e, inclusive, ceifou a vida de pelo menos 66 padres, releva reportagem de Felipe Koller.

Situação nos estados. Se por um lado o ministro Madetta (que negou a saída do cargo) pediu calma aos governadores que decretaram lockdown por enfrentarem “situações distintas”, a discórdia impera. Bolsonaro bateu boca com João Doria (PSDB-SP). Ronaldo Caiado (DEM-GO) rompeu com o presidente. Ao todo, 26 governadores fizeram uma reunião virtual sem Bolsonaro para tratar a crise. Só Ibanes Rocha (MDB-DF) se recusou. Confira na matéria de Kelli Kadanus e Camila Abrão outras reações de prefeitos e governadores.

Gripezinha? Vice-presidente, Hamilton Mourão tentou esclarecer. Garantiu que a estratégia é uma só: de isolamento e distanciamento. Disse ainda que o presidente não se expressou muito bem. Mas, como diria Bolsonaro, a Covid-19 é uma gripezinha? Leia na reportagem de Rosana Felix estatísticas que mostram a força do coronavírus em relação à gripe comum. E aproveite ainda para conhecer no texto de Leonardo Desideri, de Brasília, os diferentes tipos de quarentena e quando deve chegar a hora do decreto.

Minuto Coronavírus

Além do coronavírus, o mais importante de ontem no Brasil

Nossa visão

Perplexidade. A Gazeta do Povo comenta o pronunciamento de cinco minutos do presidente Jair Bolsonaro sobre a pandemia de coronavírus. Confira nossa visão atual sobre a crise.

Ao dizer que “raros são os casos fatais de pessoas sãs com menos de 40 anos de idade”, Bolsonaro insiste na taxa de mortalidade do coronavírus como fator predominante, quando já há demonstrações suficientes de que a ameaça da Covid-19 é outra.

Para inspirar

Portas abertas. Editor da Equipe Sempre Família, Felipe Koller traz o exemplo de servidores de um abrigo: eles abriram as portas das próprias casas a adolescentes devido à pandemia. A medida foi autorizada pelo Ministério Público e Justiça.

Tenha um bom dia e lembre-se: fique em casa!

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