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Isolamento Social: Ministério da Saúde, Nelson Teich
Isolamento Social: Ministério da Saúde propôs diretrizes que foram refutadas por secretários. O ministro Nelson Teich amargou uma de suas primeiras derrotas políticas.| Foto: Carolina Antunes/PR

Bom dia!

Para começar. Desde que assumiu o cargo em abril, uma das principais apostas do ministro da Saúde, Nelson Teich, era uma estratégia nacional de prevenção ao coronavírus. Nesta segunda-feira (11), foi enfim apresentada uma série de diretrizes de isolamento social: o Ministério da Saúde dividiu por avaliação de riscos, medidas de distanciamento social, entre outros instrumentos.

Segundo Teich, até sábado (9), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias municipais de Saúde (Conasems) estavam de acordo com a estratégia de isolamento social do Ministério. Mas mudaram de ideia nesta segunda.

Se na última semana o ministro já havia pedido para não politizar o lockdown, agora ele deu uma discreta bronca: pediu para que se trabalhe sem interesse pessoal, pela coletividade. Clique aqui entenda a metodologia de Teich rejeitada pelos secretários estaduais e municipais; confira na reportagem de Camila Abrão.

Conteúdo aberto

Infectados antes do Carnaval. Enquanto o Ministério da Saúde e as respectivas secretarias estaduais e municipais não se entendem, o número de infectados pela Covid-19 segue crescendo. Foram mais de 5 mil casos e quase 400 óbitos em 24 horas, veja os números. O surto no Brasil, diferente do que se pensava, pode ter começado antes do Carnaval. Segundo a Fiocruz, o coronavírus já circulava no país em janeiro. E agora, mais do que nunca, é preciso testar a população. Aproveite, portanto, para ver neste vídeo da Gazeta do Povo como funciona o teste rápido da Covid-19 em farmácias.

Vírus que rouba empregos. De Brasília, a correspondente Jéssica Sant’Ana traz novos dados da secretaria de Trabalho do Ministério da Economia. Em comparação com abril de 2019, o número de pedidos de seguro-desemprego aumentou 22,1%, fazendo com que a fila de espera pelo benefício supere 250 mil pessoas. Ao todo, governo federal já gastou R$ 62 bilhões com o combate ao coronavírus. O editor Fernando Jasper colocou “na ponta do lápis” quanto foi gasto em cada setor, do auxílio emergencial às despesas com saúde.

Minuto coronavírus

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Brasil isolado, países abertos. Editora de Mundo, Helen Mendes mostra uma lenta reabertura das economias ocorre da Ásia aos EUA após o auge da pandemia em grande parte do mundo. É o caso do Uruguai, inclusive. Mas não por aqui. Apesar de ser a maior força econômica regional, o Brasil está isolado na América do Sul devido à ausência de regras rígidas de isolamento social.

Sobre política. Em depoimento, Maurício Valeixo, demitido da chefia da Polícia Federal, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro “queria alguém com mais afinidade”. Confira o que disseram os delegados da PF nos depoimentos do inquérito que envolve Bolsonaro e Sergio Moro,  ex-ministro da Justiça e Segurança Pública. Um grupo restrito poderá assistir ao vídeo de uma reunião ministerial em que supostamente o presidente ameaça Moro de demissão. Alexandre Garcia comenta a força de Moro como candidato e opositor. E Lúcio Vaz mostra para onde foram 2 milhões do cartão corporativo de Bolsonaro.

Debates. Editor de Ideias da Gazeta do Povo, Jones Rossi faz um alerta: a próxima pandemia pode ser pior que a Covid-19 e surgir em laboratório. E como um dos problemas das pandemias é a reclusão domiciliar com isolamento social, Paulo Polzonoff mostra por que, no século 21, comediantes são mais importantes que intelectuais. Mas há quem diga que ficar escondido não dá certo. Sobre o tema, Guilherme Fiuza traz amostras da “falência da quarentena”.

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O mais importante de ontem no Brasil

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Preços em queda. Em um país que passou boa parte da história recente preocupado com a inflação, seria um bom sina a queda de preços. O problema é que vivemos o primeiro indício de que o país pode viver um ciclo de “má deflação”, sintoma de uma doença grave na economia. Entenda no Editorial da Gazeta do Povo: A deflação e o coronavírus.

Parte da inflação baixa que o Brasil vinha registrando até o início da pandemia já podia ser atribuída a uma causa negativa, pois o desemprego – o legado mais persistente da recessão deixada pelo petismo – se mantinha em níveis altíssimos, afetando a demanda. Agora, a “tempestade perfeita” causada pela pandemia levará o país a viver um fenômeno oposto àquele que costumava ser um dos maiores medos das famílias brasileiras.

Para inspirar: exercício com isolamento social

Exercícios físicos. Apesar de grande parte das academias estarem fechadas, ou funcionando com restrições, é importante se exercitar de alguma maneira. Nem que seja em casa. Professor de Medicina Cardiovascular da Universidade de Virginia, Zhen Yan mostra como exercícios físicos podem ajudar a reduzir riscos de complicação para a Covid-19.

Tenha uma ótima semana!

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