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Coronavac: insumos
Coronavac: insumos para produção no Butantan devem chegar da China nos próximos dias.| Foto: CHAIDEER MAHYUDDIN / AFP

Para começar este resumo de notícias. O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta segunda (25) o envio de insumos, por parte da China, para a produção da Coronavac, vacina contra Covid-19 produzida em parceria pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. Veja mais informações. O governador João Doria criticou Bolsonaro pelo tom  do anúncio e disse que todo o processo de negociação com a China foi feito pelo Butantan e pelo governo paulista.

10 milhões de Oxford. Além da confirmação dos insumos para a Coronavac para o Butantan, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) negocia a compra de mais 10 milhões de doses prontas da vacina de Oxford/AstraZeneca produzidas por um laboratório indiano. No final da última semana, o Brasil recebeu 2 milhões dessas doses. A Fiocruz também aguarda o envio de insumos da China para começar sua produção própria da imunização com a tecnologia de Oxford.

Setor privado. Além da negociação de insumos e vacinas pelas instituições do governo, empresas privadas estabeleceram com o governo uma negociação para comprar doses da vacina de Oxford, desde que metade das aquisições seja encaminhada para o SUS. Vale a pena entender por que essa compra de imunizantes e insumos é tão complexa: saiba como funciona a indústria de vacinas no Brasil e por que nenhuma multinacional produz por aqui, na reportagem de Giulia Fontes.

Utilidade pública: além dos insumos da Coronavac e vacina de Oxford

Indícios de eficácia. As vacinas estão sendo aprovadas emergencialmente pelo mundo, mas Israel vê nos hospitais um indício de que as imunizações funcionam. Desde o início da vacinação local, em 19 de dezembro, o país registrou queda de 60% nas internações de idosos; confira no texto de Rafael Salvi. Além do mais, um estudo da Moderna mostrou que a vacina da empresa pode ser eficaz contra cepas de Reino Unido e África do Sul.

Imbróglios. Com o início da vacinação no Brasil, vieram as polêmicas: além de fura-filas, municípios e hospitais estão disputando doses. Isso poderia ser mitigado com cidades e estados fazendo suas próprias compras? Para juristas, sim; entenda na reportagem de Roger Pereira.

Atualização. Em seu último boletim, o Ministério da Saúde informou26.816 novos casos e 627 óbitos por Covid-19 em 24 horas, entre domingo (24) e segunda (25). Ao todo, o país contabiliza 8.871.393 diagnósticos, 217.664 mortes e 7.709.602 recuperados da doença. Aproveite e veja também no quais países têm mais mortes por Covid, proporcionalmente à população e saiba a posição do Brasil.

Política e economia

Economia e vacinação. O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu nesta segunda (25) a vacinação em massa da população como “elemento crítico” para a retomada econômica e voltou a falar em perda zero de empregos formais em 2020. As afirmações foram durante coletiva da Receita Federal para detalhar a arrecadação em 2020, que caiu 6,9%.  Também na seara econômica, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, pediu demissão neste domingo (24), e o Ministério de Minas e Energia divulgou uma nota em que defende a privatização da estatal. Aproveite e entenda também entenda na reportagem de Jéssica Sant’Ana como as eleições no Congresso, dia 1º de fevereiro, afetam a agenda de Guedes.

Bolsonaro versus Maia. O [ainda] presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente Jair Bolsonaro viveram em constante conflito durante a gestão Maia. Wilson Lima faz um resumo das principais derrotas e vitórias de Bolsonaro na disputa contra Rodrigo Maia. No mais novo embate contra o governo, Maia admite a possibilidade de prorrogação do auxílio emergencial por mais seis meses, de R$ 300 ou R$ 200, e disse “não ter dúvida” que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, cometeu crime. No Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski autorizou inquérito para contra Pazuello sobre o colapso sanitário em Manaus.

Giro pelo mundo. Na Itália, o primeiro-ministro Giuseppe Conte disse que vai renunciar. Já nos Estados Unidos, o novo presidente Joe Biden segue mudando determinações do antecessor, Donald Trump. Biden autorizou a transgêneros servirem nas Forças Armadas  e reforçou a ordem de proibição de viagens do Brasil e ampliou as restrições para África do Sul como forma de contenção da Covid-19. No país,  os hospitais do Sul e Oeste estão perto do colapso.

O que mais você precisa saber hoje 

Colunas e artigos

Debates pandêmicos. Enquanto Donald Trump foi expulso do Twitter e  arede social “notifica” o Ministério da Saúde brasileiro, o ditador venezuelano Nicolás Maduro parece à vontade para oferecer cura milagrosa contra Covid; confira o comentário de Madeleine Lacsko. Já Diogo Schelp destaca a fila da vacinação e o último bote do Titanic e o cronista Polzonoff escreve sobre como acha bom viver a pandemia sob o governo Bolsonaro.

Nossa visão

Confiança e investimento. Momentos de forte instabilidade estimulam a “fuga para a segurança” na alocação de recursos dos investidores, em vez de buscar ganhos maiores em nações emergentes ou subdesenvolvidas. O Brasil, que já há alguns anos perdeu o “grau de investimento” conferido por agências de classificação de risco, já sofreria naturalmente com esse movimento. Mas o caso brasileiro ainda tem uma agravante, uma “fuga da insegurança” que, por aqui, só tem crescido. Tema para nosso editorial: Sem confiança não há investimento.

O Brasil espanta o investidor estrangeiro: não aprova as reformas estruturantes e, quando as realiza, também as sabota, reduzindo sua eficácia, como ocorreu com a reforma da Previdência e como pode ocorrer com a PEC Emergencial. Um Estado inchado e gastador reluta em reduzir seu tamanho, por exemplo por meio de privatizações. Nosso sistema tributário é disfuncional, e ainda estamos longe de chegar a uma fórmula consensual e racional (pois de nada adianta haver consenso sobre um projeto ruim) na reforma tributária. O Judiciário é fonte de insegurança jurídica e chega até a jogar contra o livre mercado.

Para inspirar

Grupo de jovens há 40 anos. Em uma história de quatro décadas, um grupo de jovens de uma igreja de Uberlândia, em Minas Gerais, decidiu ir além. Os então jovens decidiram fundar uma associação chamada Missão Sal da Terra. O movimento deu tão certo que a associação filantrópica perdura até hoje para acolher crianças e adolescentes afastados do convívio familiar; leia na reportagem de Rossana Bittencourt para a Equipe Sempre Família da Gazeta do Povo.

Tenha uma ótima semana!

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