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Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central e secretário de João Doria, governador de São Paulo: proposta de “imprimir dinheiro”.| Foto: Marcos Correa / PR

Bom dia!

Para começar. Há pouquíssimo tempo, obrigar empresas a financiarem emergências públicas, imprimir dinheiro e aumentar a carga tributária dos mais ricos poderiam soar como “ideias de comunista”. Mas os tempos mudaram, e as três “propostas fora de órbita” entraram no debate. Você já ouviu falar delas?

Primeiro. O Centrão tenta emplacar um projeto que obriga empresas bilionárias a repassarem até 10% do lucro líquido ao governo. Clique aqui para entender melhor esse projeto bancado por - sim - um deputado do Partido Liberal. A equipe econômica do governo se manifestou contra, assim como setores da indústria. E o texto foi tirado da pauta. Pelo menos por hora.

Segundo. Outra sugestão já foi defendida e apresentada por parlamentares do PT e do PSDB neste ano, antes da pandemia – como há 37 projetos do gênero no Congresso, a ideia já “não soa tão fora de órbita assim”. Mas agora ela ganhou adeptos. Auditores fiscais da Receita Federal querem aumentar a tributação sobre a parcela mais rica da sociedade na “reforma tributária do coronavírus”; entenda.

Terceiro. Outra proposta que quando “toca os ouvidos” parece loucura (ainda mais em um país assolado pela inflação durante tantos anos): imprimir dinheiro. A sugestão é do ex-ministro da Fazenda e do Banco Central, Henrique Meirelles. Mas calma, não se trata de “rodar as máquinas”: trata-se de expandir a base monetária. Confira na reportagem de Giulia Fontes o que Meirelles quis dizer quando propôs que o Banco Central imprima dinheiro como remédio contra o coronavírus na economia.

Conteúdo aberto

Sob nova direção. Após a saída de Luiz Henrique Mandetta, o novo titular do Ministério da Saúde, Nelson Teich, afirmou que as “coletivas técnicas” serão retomadas na próxima semana. A atualização de casos da Covid-19, contudo, segue diária: o Brasil se aproximou de 3 mil mortes e tem mais de 45 mil diagnósticos. Para Teich, não há um “crescimento explosivo” de casos e prevê diretrizes para relaxar o isolamento. Já o ex-ministro Mandetta afirmou que Curitiba tem o melhor sistema de saúde do Brasil; veja o número de infectados e recuperados na capital paranaense.

Pós-pandemia. Durante a coletiva de ministros, na tarde desta quarta (22), o governo anunciou o Programa Pró-Brasil: ações para impulsionar o crescimento econômico a partir de áreas como infraestrutura e capital humano. Já o Inep anunciou novas datas do Enem digital.

Críticas. Na coletiva, o ministro da Secretaria de Governo, General Ramos, cobrou da mídia a divulgação de "notícias positivas"  e criticou o trabalho da imprensa. O fato é que as notícias são ruins. Por isso, Felipe Koller traz dicas para evitar crises de ansiedade e pânico.

Podcast 15 Minutos

Exclusivo para assinantes

Remédios e isolamento. Enquanto o distanciamento é a melhor maneira de evitar o coronavírus, cientistas seguem a busca por tratamentos. E há boas notícias. Célio Martins traz informações sobre o remdesivir, o medicamento que ofuscou cloroquina e o remédio “secreto” do ministro Pontes. Já Madeleine Lacsko revela que o ventilador pulmonar de baixo custo da USP passou em testes com humanos; saiba o que falta para a liberação do equipamento. Já Kelli Kadanus revela que o pessoal que pediu o fim do isolamento social no fim de semana com palavras de ordem pró-ditadura podem responder por uma lei criada no próprio regime militar.

OMS e América do Sul. A Organização Mundial de Saúde “arregalou os olhos” para América do Sul: classificou o aumento de casos como preocupante. Por falar na OMS, o jornalista Diogo Schelp fez uma lista de críticas justas: o que há de errado com a OMS? Já os executivos liberais Jianli Yang e Aaron Rhodes defendem: o diretor-geral da OMS, dr. Tedros, tem que pedir para sair. Já uma agência das Nações Unidas alertou para uma futura pandemia de fome, especialmente em dez países.

Mundo afora. Nos Estados Unidos, o coronavírus matou em um mês mais que a gripe em uma ano. De quem é a culpa? O estado do Missouri não apenas culpou, como processou a China pela pandemia. Se vai dar em algo ou acabar em pizza, ninguém sabe. Mas algo está claro para o editor Jones Rossi: a China é o país onde cometer crimes contra o Ocidente vale a pena.

O mais importante de ontem no Brasil

Minuto coronavírus

Nossa visão

Dilema. Na crise do coronavírus, poucos temas suscitaram tantas dúvidas e opiniões divergentes quanto a produzir ou interromper as atividades. Propôs-se uma difícil escolha entre duas opções igualmente problemáticas. Este é o tema do novo editorial da Gazeta do Povo: O difícil debate sobre parar ou trabalhar.

A princípio, a solução proposta foi mista: respeitar o isolamento e ficar em casa, mas sem deixar de produzir o mínimo necessário para que as pessoas não pereçam de fome ou falta dos bens mais elementares à existência, a exemplo de alimentos, energia, água e medicamentos. No fim das contas, com todas as implicações boas ou ruins, a população fez sua escolha: o mapa do isolamento mostrou que, em todos os estados brasileiros, em torno de metade da população ficou isolada e metade seguiu trabalhando.

Para inspirar

Você sabe com quem está falando?  Jornalista da Equipe Sempre Família da Gazeta do Povo, Moreno Valério mostra como profissionais da saúde brasileiros e de outros países vêm mostrando a cara aos pacientes, mesmo em meio a máscaras e uniformes fechados.

Tenha uma ótima quinta-feira!

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