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Já comentei diversas vezes sobre um movimento de feministas radicais que tentou proibir o orgasmo das mulheres enquanto perdurasse a sangrenta tirania de Pinochet. Caiu o ditador, e os machistas, também radicais, em júbilo, soltaram foguetes festejando a nova era. Estavam mal informados: as feministas descobriram que havia um buraco na camada de ozônio, provocado pela demência da nossa civilização, e aí tudo ficou na mesma: o orgasmo proibido enquanto a humanidade não tomasse juízo, preservando o meio ambiente.

Bem, não sou de dar conselhos, ainda mais às mulheres e sobre um direito tão natural. Apesar disso, acho que a sociedade atual está se habituando à violência da crise do Oriente Médio, que já dura 60 anos e que teve, neste final de ano, um surto que coloca o mundo em alerta.

A pior guerra na história da humanidade é quando os dois lados têm razão para brigar. Israel veio de uma diáspora de 2 mil anos, foi um povo errante e perseguido ao longo de séculos. Após a tragédia do Holocausto nazista teve direito a um espaço físico no mundo e à segurança de uma nação.

Os palestinos pagaram o mico e iniciaram uma espécie de diáspora que ainda não foi resolvida. O lugar-comum garante que a guerra começa quando a política e a diplomacia acabam. Palestinos e israelenses permanecem em uma luta que é quase uma guerra civil. Os acordos e pressões da comunidade internacional são apenas retóricos e bem-intencionados. Nenhum dos lados se submete ao bom senso e, diga-se de passagem, o apoio dos Estados Unidos a um dos contendores amplia a dimensão da crise.

Não serei eu que salvarei a lavoura mundial. Constato apenas que alguma coisa concreta precisa ser feita para evitar a banalização da violência.

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