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Faz pouco tempo que começamos a nos preocupar com a natureza, e um jeito de acelerarmos o aprendizado é usando o conhecimento construído nas universidades, que é publicado em revistas científicas.

Uma revista científica é assim como revistas de esportes ou de celebridades? A diferença é que em uma você pode saber o que o Justin Bieber anda fazendo com quem e na revista científica você sabe sobre a última do mico-leão-dourado? Similaridades à parte, cada artigo em uma revista científica é revisado por experts da área, um trabalho enorme de edição que envolve muitos meses de trabalho.

Quando o papel reinava sozinho como transportador de ideias, grandes editoras imprimiam esses artigos, estocavam por anos e distribuíam para o planeta. Agora que os arquivos digitais baratearam esse trabalho, muitas pessoas começam a achar o preço alto demais.

Uma dessas editoras teve um retorno de 36% sobre o investimento em 2010 – raro de se ver em atividades legais, e que só é possível porque os maiores experts ingenuamente trabalham de graça para duas ou três grandes editoras. O tempo que esses professores investem para produzir artigos científicos é subtraído das atividades universitárias. Na outra ponta, a universidade tem de pagar caro se quiser ter acesso à informação que ela mesma pagou para produzir.

Até mesmo a Universidade de Harvard mandou uma circular para todos seus professores, pedindo para evitarem publicar em periódicos pagos e também para disponibilizarem seus artigos em blogs e sites. Parece que muita coisa mudou por lá nesses 14 anos desde que sai de lá (veja um link sobre isto em meu blog http://ambienteporinteiro-efraim.blogspot.com.br/).

No Brasil a coisa é ainda pior. A elite dos nossos professores subtrai bastante tempo de suas atividades universitárias para no fim aumentar o lucro das grandes editoras norte-americanas.

A situação chegou a tal extremo que já existe um site para pesquisadores se cadastrarem em uma lista dos que se recusam a cooperar com essa situação. Já são mais de 11 mil pesquisadores ao redor do planeta. Também carreguei um link em meu blog.

Se voce somente quer saber o que o mico-leão anda fazendo, ou o que andam descobrindo sobre sua Unidade de Conservação preferida, uma busca no Google Acadêmico deve trazer artigos científicos, muitos deles disponibilizados por seus autores em sites e blogs. Muitas vezes também, um simples pedido por e-mail pode colocar um artigo desejado em sua caixa de correio.

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