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Uma das metas principais dos movimentos e doutrinas de esquerda é acabar com a família – aquela em que um homem se casa com uma mulher e os dois têm um ou mais filhos – através das mais diversas intervenções de engenharia social. Essas intervenções são feitas sempre sob a justificativa da “modernização”, e incluem o feminismo, a revolução sexual, a banalização do divórcio e o gayzismo. O método de abordagem é sempre o mesmo: em nome de uma suposta luta por justiça, todos os paradigmas são quebrados e rompe-se de forma irreconciliável com a tradição histórica; esses rompimentos são cada vez mais constantes, para tradições cada vez menos sedimentadas.

No feminismo, a suposta luta inicial era contra os abusos de uma sociedade patriarcal, em que as mulheres eram supostamente infelizes e levavam uma vida supostamente sem sentido. Quando digo “supostamente”, é porque nenhuma fundamentação filosófica do feminismo tomou como base a observação da realidade – não há uma pensadora feminista sequer que tenha conseguido demonstrar que a maioria das mulheres vivia infeliz, embora muitas tenham tentado enganar o mundo com pesquisas forjadas, dados manipulados e uma prática comum de tentar explicar suas frustrações particulares com teorias generalistas.

Com o nascimento de meu primogênito, pude finalmente entender plenamente o que é ter família

De maneira semelhante veio a revolução sexual. A base desta foi o Relatório Kinsey, um dos trabalhos mais fraudulentos e mentirosos já feitos na história da ciência. Kinsey, um homem extremamente depravado, adepto de práticas que ainda hoje são consideradas absurdas, queria provar que a maioria das pessoas era como ele, e que a liberação sexual completa era a única maneira de livrá-las de uma existência frustrada e desprovida de satisfação. Mesmo tendo seu trabalho posteriormente desmascarado, fez um estrago enorme na sociedade ocidental, elevando a importância da sexualidade na vida humana a um nível tal que nos fez parecer animais irracionais, que simplesmente não conseguem refrear seus desejos com o intelecto.

A banalização do divórcio foi, por assim dizer, um golpe de misericórdia na família. Com o feminismo posto em prática e a revolução sexual em pleno andamento, faltava uma maneira fácil de se acabar com o casamento civil, algo que não exigisse o trabalho de se provar a infidelidade ou a violência do cônjuge. Um a um, os países foram reformando suas leis e passando a permitir o divórcio de maneiras cada vez mais fáceis – casem-se quando, como e quantas vezes quiserem; vivemos para ser felizes e não é um marido ou uma esposa que vão acabar com isso: esta é a mensagem do casamento moderno e do mundo moderno, onde esforço, luta e resiliência são palavras sem conexão com a vida real.

Por último, veio o movimento gayzista, que prega a vida homossexual como a vanguarda do desenvolvimento humano, e o faz contrariando nove em cada dez homossexuais, que querem somente viver em paz e sem ninguém para julgá-los, sem a menor intenção de impor sua sexualidade sobre o restante do mundo.

Mas voltemos à família. A intenção inicial deste texto era simplesmente exaltar essa instituição fantástica que sustenta a presença humana neste planeta. Até recentemente eu não tinha formado minha nova família nuclear; estava casado, mas sem filhos. Com o nascimento de meu primogênito, pude finalmente entender plenamente o que é ter família. E, ao entender isso, me entristeci ainda mais com um mundo que parece buscar somente o pior, que mata bebês sem remorso, que despreza o laço matrimonial e que considera o homem apenas mais um animal selvagem vagando sobre a terra. Ainda bem que nesses momentos tenho a minha família. Eles são um pequeno paraíso ao meu redor.

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