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Em 2016, a Academia que elege os ganhadores do Oscar levou algumas tomatadas e puxões de orelha de alguns figurões do showbiz porque não havia atores negros entre os indicados à premiação. Afinal, qual seria a postura correta por parte da Academia no tocante às indicações? Reservar cotas para negros? Aparentemente, foi o que ocorreu no Oscar deste ano. Dos nove indicados a melhor filme, três trouxeram às telas a temática da discriminação racial, inclusive o vencedor Moonlight. Em todas as categorias que premiam atores, havia pelo menos um ator negro indicado, sendo que dois deles levaram o prêmio: Viola Davis e Mahershala Ali. Pessoalmente, considero Moonlight um bom filme, e que Viola e Mahershala de fato fizeram um excelente trabalho. Mas fica aquela pulga atrás da orelha, que não precisava estar lá, não fosse o chilique do ano passado, e que põe em cheque a já combalida credibilidade do Oscar: eles ganharam por “cotas”? Essa pergunta foi feita pelo próprio Mahershala, que, evidentemente, se sentiria desprestigiado se a hipótese fosse confirmada. A razão é óbvia: o talento e o esforço próprio são méritos de uma pessoa, e assim devem ser reconhecidos; não têm absolutamente nada a ver com a quantidade de melanina na pele.

Mais cotas

Há quem tenha se empolgado com o viés racial do Oscar e agora esteja cobrando que Hollywood contemple outra categoria “minoritária”: os muçulmanos. O ator Riz Ahmed, que ficou famoso por seu papel em Rogue One, acredita que se a indústria do cinema cedesse mais espaço a personagens muçulmanos, menos jovens iriam aderir ao Estado Islâmico. Ben Shapiro contesta a tese do ator. (texto em inglês)

#OscarSoBoring

O Oscar – a exaltação de Hollywood – tem refletido, nos últimos anos, a chatice politicamente correta da indústria cinematográfica americana. Hollywood, especialmente a partir da década de 60, tornou-se um grande reduto de engenharia social. De um modo geral, os filmes, para serem bem produzidos e distribuídos em larga escala, precisam estar de acordo com os ditames dos grandes estúdios, todos eles comprometidos com a agenda esquerdista (a esse respeito, leia Hollywood Party, de Kenneth Billingsley). O que, grosso modo, isso quer dizer? Que os filmes – independentemente de serem bons ou ruins – terão de ter algum elemento que promova no espectador uma mudança de comportamento ou percepção da realidade: isso é engenharia social! Esse modus operandi da indústria cinematográfica nem sempre combina com o mais sincero olhar do cineasta. E com isso o cinema perde muito. Ainda assim, considero que há bons filmes sendo feitos, e destaco os pontos fora da curva, como Clint Eastwood, Mel Gibson e Terrence Malick. Se Hollywood é o QG da esquerda na guerra cultural, é claro que no Oscar a patrulha politicamente correta estará bem presente, e desfilando no tapete vermelho. Toby Young comenta as inclinações da Academia. (texto em inglês)

Imemorável

Para João Pereira Coutinho, o Oscar tem tanta relevância quanto a cinematografia hollywoodiana: muito pouca. Em compensação, quem realmente tem algo a dizer, e está fazendo isso com criatividade, com enredos inteligentes, está no mundo das séries de tevê.

Análise dos filmes

Enquanto Deborah Ross comemorou a vitória de Moonlight , fazendo uma análise precisa sobre a temática real do filme – que vai muito além da história triste de preconceito que marcou o rapaz negro e gay –, o nosso colunista Francisco Escorsim preferia La La Land, não obstante reconheça a sensibilidade e a riqueza do filme que levou o título de “melho do ano” ao retratar a vida interior de um homossexual.

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