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Devo concordar, em alguma medida, com o clichê de que o Brasil não vai para frente enquanto tiver um sistema educacional falido. Não subscrevo as teorias de que com educação se conserta tudo: a violência, a corrupção, a pobreza etc., até porque o Brasil é uma grande nação com grandes problemas. Ainda assim, para nós é imperioso melhorar o ensino nas escolas e universidades, por uma razão: esse longo processo formativo, do banco escolar à pós-graduação, produzirá a elite intelectual do país (atenção, estou falando da intelectual, não da econômica, que nem sempre coincidem), aqueles que guiarão o Brasil por melhores rumos. E o fato é que nossa elite intelectual hoje está podre. Não haverá para nós muita esperança se as próximas gerações não forem bem educadas, e essa elite permanecer alienada da alta cultura, se continuar demagógica e fechada em seu próprio discurso. O filósofo Olavo de Carvalho pontuou essa questão no evento Brazil Conference, organizado pela Universidade de Harvard. Em sua fala, o filósofo citou o dado da OCDE que aponta o fato de que cerca de 80% dos universitários brasileiros são analfabetos funcionais. Neste texto, Filipe Martins rebate a afirmação, feita por uma estudante durante a palestra, de que o dado citado por Olavo é falso.

O ensino universitário

Especialmente se você não integra os 80% de analfabetos funcionais, frequentar uma universidade brasileira é correr risco de morte intelectual. Sobretudo nos cursos de Humanas, os professores se empenharão para ensiná-lo a ignorar tudo o que você sabe intuitivamente sobre a vida e o farão absorver teorizações rebuscadas até que você perca a capacidade de enxergar a realidade de forma sincera e objetiva. Aliás, para eles tudo é relativo, e essa é a única verdade. Joseph Pearce aponta esse problema também nas universidades americanas – imaginem o que diria das brasileiras! “A educação moderna nada mais é do que a imposição dogmática do relativismo radical”, diz ele. (texto em inglês)

Universitários da seita politicamente correta

João Pereira Coutinho fala do comportamento da juventude que tende a aderir ao radicalismo político (de esquerda ou de direita) com o entusiasmo de um integrante de uma seita religiosa. (site exige cadastro)

Como melhorar as universidades?

Sem dúvida, para uma universidade ter sucesso e despontar em produção de conhecimento no cenário mundial, precisa de bons alunos e bons professores. Para formar bons alunos são necessárias boas escolas, com bons professores primários e secundários; já para formar bons professores, a universidade de hoje não basta. Quem quer seguir essa carreira precisa estar ciente de que deve complementar seus estudos, nem que seja de modo autodidata. Do contrário, o problema da precária formação dos docentes, e, portanto, da qualidade de ensino, entra num looping infinito. Esse processo de autoeducação é fundamental, mas há outras medidas que ajudam consideravelmente a resolver alguns dos problemas das universidades brasileiras. Vejamos algumas com Felippe Hermes.

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