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 | Antônio More/Gazeta do Povo
| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Há liberais que ignoram o fato de que a força de determinados valores numa sociedade é um fator determinante para a manutenção das liberdades, inclusive as econômicas. Não basta haver empresas operando num sistema “capitalista” para que possamos ficar descansados com o bom funcionamento da sociedade: uma, porque o exemplo da China nos ensina que o livre mercado e as liberdades individuais nem sempre caminham pari passu; outra, porque o exemplo do Brasil “propinocrático” mostra que grandes empresas podem aliar-se ao esquema de perpetuação no poder daqueles que determinam a vida de todos, mas só pensam no próprio umbigo. É fundamental que exista, como dizia Alain Peyrefitte, uma “sociedade de confiança”, que enfrente o desafio do desenvolvimento humano fundado em iniciativas livres, conforme dita o princípio da subsidiariedade. Esse tipo de organização social é que dá o respaldo para que a democracia e as liberdades econômicas sejam preservadas, e não o contrário. Então, que tal largar um pouco as cartilhas de economia e falar dos valores da sociedade? Nesse sentido, Jorge Maranhão aponta a responsabilidade dos empreendedores brasileiros.

O teto de gastos e a saúde

Quando uma família está numa situação de aperto financeiro, para contornar o problema terá de estipular um teto para seus gastos e organizar as despesas segundo o orçamento disponível. Para isso, terá de avaliar o que é e o que não é prioritário: manterá as crianças na escola particular e manterá o plano de saúde de todos, mas terá de riscar da lista aquela viagem de férias, as pizzas que pedem no sábado à noite, a academia... Pois bem, essa é a lógica da PEC do Teto, definitivamente aprovada. Nada mais, nada menos do que não gastar o quanto se deseja, redefinindo prioridades. Ora, como a família de classe média, o Brasil não é tão pobre que não consiga dar conta das despesas com saúde e educação: é tudo uma questão de prioridades! Para isso, precisaremos contar com nossos governantes (atenção àqueles em quem formos votar!) para que não menosprezem essas áreas. Marcos Mendes explica como a PEC do Teto, bem como a reforma da Previdência, acabará por favorecer a saúde no Brasil.

Economia, Previdência e antinatalismo

Ao discutir a reforma da Previdência, os especialistas esquecem de mencionar um fator que tornou particularmente urgente a implementação de um novo sistema de aposentadoria: o fato de o Brasil já não apresentar um índice de natalidade capaz de repor a população nas próximas gerações. Ou seja: haverá menos contribuintes! Felipe Cardoso desenha o quadro, apontando nosso equívoco em imaginar que, por termos tantos filhos quanto um europeu, isso faria do Brasil um país de primeiro mundo.

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