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 | Yasuyoshi Chiba/AFP
| Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP

Como típica curitibana sem samba no pé, esses dias me perguntava por que diabos o país inteiro era submetido a horas e mais horas de cobertura televisiva do carnaval carioca e do paulistano. Lendo este texto de Carlos Andreazza, enxerguei mais do que os motivos óbvios – a alegria, a batida contagiante, a exuberância – para os desfiles de escolas de samba serem uma paixão nacional: o Brasil é uma folia carnavalesca, e poucas coisas representam tão bem o país quanto o carnaval carioca. Tomando a evolução das escolas de samba como metáfora, o autor analisa o que é o Brasil. (site exige cadastro)

Realismo econômico

Já que falamos do circo, falemos do pão. Uma notícia importante dessa semana foi a queda do PIB: retração de 3,6%, um desempenho um pouquinho melhor que o do ano passado (- 3,8%). O que esse número – que pode parecer pequeno aos desinformados – quer dizer? Flávio Morgenstern explica, traduzindo o economiquês, e deixando bem claro o precipício em que Lula e Dilma lançaram a economia brasileira para brincarem de Robin Hood, enquanto distribuíam riqueza virtual.

Matrix econômica

Outra imagem para facilitar a compreensão do panorama econômico brasileiro: Lula e Dilma, com o seu desenvolvimentismo da “nova matriz econômica”, colocaram os brasileiros no mundo Matrix da economia. Agora nós acordamos e temos de comer aquela gororoba do mundo real. Ainda assim, os petistas querem nos fazer crer que não vivíamos uma ilusão, que o país estava crescendo. Desse modo, estão colocando a culpa no ajuste fiscal. Adolfo Sachsida desfaz o equívoco.

O caminho

É célebre a frase do economista Roberto Campos, que prevê que “o Brasil não tem a menor chance de dar certo”. Excetuando-se os otimistas de plantão, difícil discordar, pelo menos no que diz respeito ao curto e médio prazo. Resolver os problemas da economia, da infraestrutura, da segurança, da política brasileira já são desafios hercúleos a serem persistentemente enfrentados, por um bom punhado de pessoas corajosas e com amplo entendimento da situação, em posições de poder, enfrentando resistências de toda a sorte – e o fato é que Sergios Moros não dão em árvore. Ainda assim, essas mudanças podem ocorrer aos poucos, pois os ares de renovação estão permeando o Brasil. O problema de raízes mais profundas é cultural – e isso sempre pode botar todo o resto a perder. Enquanto a elite intelectual do país não construir uma cultura pujante, desapegada de reducionismos ideológicos e inovacionismo oco, dificilmente o Brasil tomará o caminho para tornar-se uma nação relevante. Percival Puggina fala sobre a crise institucional do país.

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