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| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Estamos carecas de saber que o Brasil precisa de mudanças significativas na área da educação – desde os pais que têm medo das consequências de mandar seus filhos para a escola pública, passando pelos alunos secundaristas da rede pública que acreditam não ter muitas chances no vestibular, até os intelectuais que discutem a função da educação e os melhores modelos pedagógicos. No entanto, os especialistas da área – os pedagogos mais prestigiados do país, os consultores das Secretarias de Educação, e os próprios secretários de Educação e demais gestores públicos – parecem não ter muita ideia de como começar a resolver o problema. Talvez porque, na realidade, ainda não o tenham compreendido. Exemplo disso é a recentemente aprovada reforma do ensino médio. Adolfo Sachsida enumera e explica algumas das dificuldades que essa reforma irá criar, e por que ela particularmente irá prejudicar ou, na melhor das hipóteses, não beneficiará aqueles que dependem da escola pública.

A estupidez dos gastos públicos com educação

O Brasil gasta muito com educação. É inacreditável, dado o que testemunhamos e ouvimos falar sobre a realidade das escolas brasileiras, e verificamos do desempenho dos nossos alunos nos testes internacionais e nacionais. O problema não é falta de investimento em educação, mas a qualidade desse investimento. Nesse sentido, há dois erros grotescos que são, provavelmente, os mais graves nas políticas públicas de ensino atuais: concentrar o investimento nas universidades e adotar modelos pedagógicos que pretendem incentivar os alunos a serem “críticos”, muito antes de eles terem assimilado conteúdo suficiente e consistente para terem o que criticar (coisa que deveria ser deixada para a universidade). Resultado? 50% dos universitários brasileiros são analfabetos funcionais. Rafael Rosset comenta a estultice dos gastos com educação no Brasil.

A tragédia da alfabetização no Brasil

Dizem as pesquisas que, como já citei, 50% dos nossos universitários são analfabetos funcionais, e que os brasileiros não são muito afeitos à leitura. Ora, parece óbvio que há algo de muito errado na alfabetização de nossas crianças, e que a introdução ao universo da leitura está sendo muito mal empreendida por professores e pais. Essas duas constatações na verdade estão conectadas: aqueles que aprendem a ler com dificuldade provavelmente não desenvolverão gosto pela leitura. É urgente que repensemos nosso sistema de alfabetização. João Batista Oliveira ajuda-nos nesse sentido.

Menos tevê, mais livros

Não dá para delegar integralmente para a escola o papel de instruir os filhos, também no que diz respeito ao contato deles com o universo da cultura. Estamos vendo o quanto a escola tem falhado magistralmente nessa função. Então, pais, vocês precisam assumir o protagonismo na condução do ensino. Uma forma de fazê-lo é sempre conferir o que os filhos estão aprendendo, ajudá-los nas tarefas e – principalmente – incentivá-los a ler desde cedo. Larissa Moura conta como foi que mudou os hábitos em casa para reduzir o tempo de televisão e aumentar o tempo de leitura dos filhos.

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