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O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) parece ter, enfim, ouvido os apelos dos ciclistas da cidade, muitos deles registrados na Coluna do Leitor deste jornal. O Ippuc vai au­­men­­tar em 87% a quilometragem das vias desti­­nadas a bicicletas na cidade, como mostrou re­­portagem da Gazeta do Povo publicada ontem. As reclamações de que as malhas poderiam ser mais extensas só não são mais frequentes que outra antiga queixa ligada às ciclovias: a de que elas se inclinam demais para o lazer. De fato, hoje, a malha cicloviária dedica-se prioritariamente a ligar um parque a outro. Ótimo para os momentos de descanso, mas desafiador para quem gosta de pedalar a caminho do serviço, evitando congestionamentos e danos ambientais. Só mais recentemente essa demanda ga­­nhou força com os números obtidos em uma pesquisa realizada pela prefeitura revelando que 86% dos ciclistas utilizam a "magrela" para ir ao trabalho. O porcentual expressa o que se vê, com cor e movimento, nas vias da CIC a cada fim de tarde. Não são poucas, por lá, as empresas que conhecem essa realidade e até incentivam o transporte sobre o selim, como atestam os bicicletários instalados nas áreas de estacionamento. Agora que os planejadores urbanos vão dar mais espaço para as bicicletas, é torcer para que o abismo entre o uso e a vocação das nossas ciclovias diminua.

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