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Poucos dias antes do fim de 2008, a ministra Nilcéa Freire, da Secretária Especial de Políticas para as Mulheres, disse em entrevista ao Jornal do Brasil que 2009 seria o ano dos esforços para legalizar o aborto no Brasil. Criticando os deputados que assinaram o requerimento para a criação da CPI do aborto, Nilcéa disse que os parlamentares "não podem impor suas convicções para a sociedade fazendo delas políticas de Estado". No entanto, o jornal Zero Hora informou anteontem que o governo distribuirá em escolas um documentário em DVD favorável ao aborto, nas palavras da própria diretora, Thereza Jessouroun. Ela diz ter criado o roteiro depois de ouvir a defesa do aborto feita pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão. O filme foi feito com verba pública, da Fundação Oswaldo Cruz, vinculada ao ministério de Temporão. Dos dois episódios conclui-se que não se pode impor convicções pessoais à sociedade apenas quando elas são contrárias ao que o governo defende; se essas convicções pessoais forem ao encontro dos ideais governistas, é possível até usar dinheiro público para se fazer a apologia de um crime, como é o aborto.

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