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 | Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Um dos ícones da força-tarefa da Lava Jato, o procurador da República Deltan Dallagnol, tem ministrado palestras sobre corrupção pelo Brasil. Propriedade não lhe falta para falar sobre o assunto. As palestras, no entanto, surgiram no noticiário nos últimos dias não por seu tema, mas por seus valores. No ano passado, o coordenador da Lava Jato recebeu R$ 219 mil em 12 palestras. O valor levou o PT a ingressar com uma representação na Corregedoria Nacional do MP. Paulo Pimenta e Wadih Damous querem saber o que foi feito com o dinheiro e se as palestras são legais.

A primeira resposta veio rápido. O procurador afirmou que não ficou com nenhum real recebido pelos cursos. O montante teria sido doado para Hospital Erasto Gaertner. Informação confirmada pela instituição: “conseguimos arrecadar um terço deste total necessário graças a engajados parceiros, como o procurador da República”. Para as palestras deste ano, o procurador estaria concentrando esforços financeiros para criar um fundo anticorrupção. A segunda resposta parece estar parcialmente respondida. Resolução do CNJ classifica as palestras como “atividade docente”, autorizada pela Constituição. O PT se preocupar com palestras prestadas é uma novidade. O PT se preocupar com a criação de um fundo contra a corrupção, não é.

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