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Inaceitável para os que amamos o Paraná a idéia de entregar o nosso Porto, com os cais de Paranaguá e Antonina, para a administração de Brasília.

Neste sábado, 30 de julho, estaremos no ato público contra a federalização do Porto, às 11 horas da manhã, no Hotel Camboa, em Paranaguá. Isto coroa ampla movimentação popular, com coleta de assinaturas nas ruas de Curitiba, Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Paranaguá e Antonina, e através da internet – www.rafaelgreca.org.br.

Milhares de pessoas já assinaram contra o decreto legislativo de federalização proposto por alguns deputados federais.

O Porto é do Paraná, mas antes o Paraná é do Porto.

Paraná, Paranaguá e o Porto não se separam!

É da nossa História.

A Câmara de Vereadores de Paranaguá é centro de decisões políticas desde 29 de julho de 1648. Ainda antes de 1853, ainda antes da criação política do Paraná, fez-se espaço onde ecoou o primeiro brado em defesa do Paraná, pois a 6 de julho de 1811, esta mesma Câmara representou ao príncipe Dom João clamando para que as rendas do Porto ficassem na nossa terra.

Também foi em Paranaguá que, a 15 de julho de 1821, Floriano Bento Viana pela primeira vez falou numa província do Paraná.

Este Porto nasceu antes do que o Paraná.

Foi ainda pelo mesmo Porto que se deram todos os desembarques: os dos portugueses povoadores, os dos negros escravos, os dos pioneiros, os de nossos avós imigrantes.

O Porto de Paranaguá é a porta aberta da grande casa que é o nosso estado, casa de todas as gentes.

A importância de Paranaguá, no contexto político e econômico do estado, deve-se em grande parte à presença do Porto público na cidade. Nosso Porto possui alta produtividade, com menor tempo de navio no porto e menor tempo de espera na barra. Possui os melhores índices de competitividade no Brasil em terminais de exportação de grãos. Sua tarifa é das mais baratas do mundo: U$S 1,12 por tonelada embarcada. É o segundo porto do Brasil em arrecadação de divisas, com R$ 156 milhões em 2004. Neste mesmo ano sua receita cambial pulou de 4,1 bilhões de dólares em 2002 para 8,4 bilhões de dólares. O Porto de Paranaguá é o maior porto público exportador de grãos do mundo, é o único porto brasileiro a pedir licenciamento ambiental de todas as suas instalações, e o único livre de transgênicos.

O atual governo estadual, entre outras benfeitorias, com recursos do próprio Porto, está a executar admirável obra de pavimentação urbana em concreto asfáltico armado, 30 km de pavimentação em ruas até então muito deterioradas.

A ampliação do cais oeste, feita pelo governo do Paraná, está orçada em R$ 140 milhões. Feita pelo governo federal, o valor sobe para cerca de R$ 300 milhões, na mesma obra.

Indizíveis para o futuro do nosso estado os prejuízos da transferência de gestão do Porto para Brasília, num momento em que o governo federal nada investe, e enfrenta sérias denúncias. Exemplo disto é a ponte de Capivari, na BR entre Curitiba e São Paulo, arruinada já há mais de seis meses, sem qualquer reparo por parte do Ministério dos Transportes.

A História não perdoará os políticos desta geração que compactuarem com este crime contra o Paraná e nossa gente.

Tratar uma questão estratégica como querela política de oposição ao atual governador é miopia histórica. Governos passam. O Porto fica.

Venham, paranaenses!

Venham ao ato público exercer a sua representatividade histórica e política. Serão recebidos fraternalmente, irmãos na causa do paranismo e do maior bem ao nosso povo.

Rafael Greca de Macedo é deputado estadual pelo PMDB, ex-prefeito de Curitiba, ex-deputado federal, ex-ministro de Estado e pertence à Academia Paranaense de Letras.

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