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Que a saúde pública está na UTI há anos, ninguém duvida. Mas o que fazer? Faço aqui uma sugestão: que a pessoa que levar uma multa de trânsito tenha a possibilidade de, na hora de pagar, destinar o valor a um hospital, de preferência de sua cidade. Não sou contra as multas. Acho que devem existir como meio de apaziguar o trânsito, tão caótico. Apenas sou contra essa indústria da multa. Penso que os hospitais deveriam se unir e iniciar uma campanha: "Doe a sua multa para os hospitais". Mataríamos dois coelhos com uma paulada só: os corruptos da multa e o abandono dos hospitais.

Sergio Godinho Fontes, Curitiba – PR

Democracia e humildade

Como deve ser maravilhoso viver e votar em um país confiavelmente democrático, onde os eleitores votam voluntariamente e depois observam com orgulho que seu voto foi bem aplicado em alguém que procura o bem do povo e não sua promoção pessoal. Abrindo a Gazeta do Povo de 18/11 fiquei maravilhado ao ver a foto de Barack Obama e de John Mccain, o primeiro candidato vencedor a presidente da maior potência da Terra; o segundo, igualmente candidato, mas perdedor, para a mesma função. Somente a foto, mostrando ambos com largo sorriso, demonstra a humildade que Obama teve em pedir ajuda a Mccain, para o bem do povo americano. O candidato derrotado, sem mágoa, mesmo sendo de outro partido político, atendeu prontamente à solicitação do presidente eleito. São, ambos, homens públicos que merecem toda a consideração do povo, homens que deveriam servir de exemplo para alguns dos nossos políticos que tudo fazem para prejudicar o adversário.

Darcy Machiavelli, por e-mail

Crédito 1

Lá pelo meio deste ano, quando vi uma pessoa que ganha R$ 750 por mês de carro zero quilômetro, comprado em 60 meses, fiquei cismado. Tinha alguma coisa errada acontecendo. Escrevi para a coluna alertando que, se nos EUA estava havendo quebradeira por conta de financiamentos indiscriminados de imóveis, por aqui deveria acontecer o mesmo com o financiamento irresponsável de automóveis. O resultado já está aí: inadimplência assustadora e quase generalizada. O mais estranho de tudo é que qualquer um de nós, simples mortais, percebia que estava tudo errado, menos as autoridades econômicas que, em vez de pôr um freio na farra do financiamento, preferia comemorar o "acesso" das classes menos favorecidas ao crediário. Agora, no governo já se fala em ajudar ou mesmo comprar financeiras falidas. Esse é o Brasil que não toma jeito, independentemente de quem está no poder.

Rubens Santos, empresário, Curitiba – PR

Crédito 2

Essa festa dos financiamentos de carros com prazos de 60 meses ou mais estava com os dias contados. Já era como uma morte anunciada que agora se traduz na inadimplência dos consumidores que embarcaram nessa onda patrocinada pelo governo, montadoras e financeiras. Com o aumento da comercialização de carros, o governo arrecadou mais impostos e garantiu o emprego de mais metalúrgicos ou "companheiros" do nosso presidente. As montadoras forçaram a barra para as concessionárias aumentarem suas cotas de compra acima de média. E os bancos e financeiras promoveram feirões de automóveis praticamente todos os finais de semana fazendo vista grossa na aprovação de cadastros de compradores com renda irreal. O resultado do subprime tupiniquim foi previsível.

João Guilherme Cicarelli, Curitiba – PR

Mestrado

Só poderia ser aqui no Brasil mesmo: um acordo entre o presidente Lula, o governador de São Paulo, José Serra, e o diretor do Senac-SP põe fim aos cursos de mestrado na gestão de saúde do trabalho, meio ambiente e moda e design, com a alegação de que teriam que destinar mais receitas a outros cursos. Triste país onde o presidente da República age assim com a educação, mas repassa R$ 4 bilhões às montadoras, que depois transferem o lucro das vendas para o exterior. O governador Serra, para não ficar por baixo, também repassou R$ 4 bilhões. Só poderia ser aqui no país do descaso com a educação e com a saúde.

José Pedro Naisser, Curitiba – PR

Litoral 1

Estive em Guaratuba no último fim de semana. Levei quase três horas para fazer o trajeto Guaratuba–Garuva, sendo que o percurso é de 30 quilômetros. Solicito providências de nossos governantes que recapearam, no ano passado, a parte do Paraná. É necessário agora que os dois estados se unam para solucionar o problema do sinaleiro da cidade de Garuva (SC). A temporada de férias está chegando e precisamos de uma solução rápida para o problema.

Christianne Lunardelli Salomon, Curitiba – PR

Litoral 2

Incrível como nosso governo desmoraliza nosso litoral. É só começar a temporada que começam a falar de poluição, enquanto Santa Catarina se prepara para receber nosso povo e nosso dinheiro. As declarações daqui sempre são feitas de forma alarmante e normalmente supervalorizada. Deviam ter vergonha por não poder oferecer conforto aos banhistas, dirversão, oportunidades de negócios, embelezamento e tudo mais. A falta de visão vem de anos e parece que vai continuar.

Sérgio Bizarro, por e-mail

Troca de partidos

Se o STF estipulou que o cargo pertence ao partido e não ao candidato, é absurdo que se aceitem violações de qualquer hipótese. Aqui não se está colocando em discussão o mérito da decisão tomada pelo STF, porém na medida em que é estabelecida uma norma, é razoável que todos sejam submetidos da mesma maneira. Do contrário haverá uma instabilidade jurídica.

Geraldo Ataliba, Curitiba – PR

Modelo

A coleta do lixo no meu bairro, o Centro Cívico, deve ser um exemplo para outros bairros da cidade e para outras cidades. O lixo orgânico é coletado todas as noites e o "lixo que não é lixo" é coletado duas vezes por semana. Quando há sobra de sucata e não se sabe o que fazer com ela, é só ligar que a prefeitura coleta e dá um fim útil para o material.

Yayá Petterle Portugal, Curitiba – PR

Foz

Parabéns aos redatores do Caderno de Turismo pelo destaque dado às Cataratas do Iguaçu, ao Parque Nacional do Iguaçu, ao Parque das Aves e à visita da Itaipu Binacional (Gazeta, 20/11). Com a proximidade do Paraguai, muita gente dá as costas para as belezas naturais de nossas cataratas, para a extraordinária mata, para o fascínio das aves e para a avançada tecnologia da Itaipu: o maior atrativo passa a ser as compras, do outro lado do rio. No aeroporto, os turistas brasileiros e os internacionais podem ser distinguidos pelo volume de bagagem: os estrangeiros trazem uma pequena malinha e os brasileiros chegam acompanhados pelas cargas volumosas. É um crime ignorar tantas paisagens exuberantes, tantas aves maravilhosas e a tecnologia de ponta da Itaipu. Matérias como essa da Gazeta chamam a atenção para as fantásticas possibilidades de Foz e podem contribuir para melhor orientação dos turistas.

Clotilde de Lourdes Branco Germiniani, professora, Curitiba – PR

Consciência negra

Parabéns ao lúcido e corajoso professor Eduardo F. R Romaneli (Gazeta, 21/11), que resumiu em poucas linhas exatamente o que eu penso do racismo reforçado pelo Estado.

Jospe H. Godói, por e-mail

Nome oficial

Por que continuam chamando a antiga BR-116 de Linha Verde? A Câmara Municipal de Curitiba a batizou de Avenida Ney Braga.

Sérgio Iacovone, por e-mail

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