Pedágio 1

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Acredito que culpar um ou outro político é simplesmente querer jogar a culpa em alguém, mas pergunto: como outrora havia dinheiro para construir rodovia? Ano após ano temos recordes em arrecadação de impostos e agora não temos grana para manter as rodovias? Parte dos nossos impostos é para a manutenção, aí o governo entrega à iniciativa privada e recolhe impostos em cima da tarifa. Simplesmente uma máquina perfeita.

Claudemir Ritter de Maria

Pedágio 2

Temos em alguns trechos os pedágios mais caros do mundo, em que as concessionárias já receberam as estradas prontas e apenas as consertaram. Poucos quilômetros foram duplicados, elas faturam bilhões, ainda têm a cara de pau de dizer que têm prejuízo, e o nosso governo estava querendo reembolsá-las.

Dejair Zem

Jornada Mundial da Juventude

Belo artigo de dom Orani Tempesta sobre o primeiro aniversário da Jornada Mundial da Juventude (Gazeta, 28/7). Traduz um pouco da emoção de quem, assim como eu, vivenciou a JMJ. Uma semana intensa de orações, filas, paciência, tolerância, muita alegria, acolhimento e, principalmente, muita fé. Ao ler esse texto, bate uma saudade imensa de tudo vivenciado lá. A JMJ é inesquecível, com toda a certeza.

Luciane Alves Lopes

Pensamento

Sobre a entrevista com Luiz Felipe Pondé "Um filósofo que virou à direita" (Gazeta, 28/7), é preciso acabar com essa ideia de que ter um pensamento liberal ou conservador, ou seja, ser de direita, equivale a não ser democrático. Democracia, liberalismo e conservadorismo jamais serão excludentes. Além disso, ao mesmo tempo em que houve e há ditaduras consideradas de direita, há inúmeras outras com doutrinação comunista, que, aliás, são aclamadas por inúmeros esquerdistas que se dizem democratas.

Marcus Vinicius de Andrade

Comportamento

A matéria "Um Brasil que sorri e outro que ignora o visitante" (Gazeta, 27/7) é o reflexo da nossa sociedade que julga pelas aparências e discrimina socialmente. Trata bem europeus e recebe mal africanos, bolivianos e haitianos da mesma forma como trata bem, por exemplo, médicos, empresários e juízes, e despreza garis, pedreiros, faxineiros. O mesmo ocorre quando são indígenas ou negros, ou pessoas mal vestidas. Quem quiser fazer o teste, vista-se mal, com roupas velhas e rasgadas, e entre em uma loja mais chique ou em uma concessionária.

Sergio Fajardo

Oriente Médio

O artigo do jornalista Alberto Dines (Gazeta, 26/7) foi absolutamente centrado, objetivo e sensato. No que se refere à diplomacia, as palavras usadas na nota emitida pelo Ministério do Exterior de Israel foram, de fato, insolentes, grosseiras e, por que não dizer, burras; Israel não precisa buscar novos atritos, pois já os tem em demasia. Diplomatas não deveriam referir-se ao Brasil como "um anão diplomático". Mas a atual diplomacia brasileira derrubou por terra seu secular prestígio, fazendo nosso Barão do Rio Branco estremecer no seu descanso eterno. Nesses últimos dez anos, nosso governo se aliou e bajulou o que existe de pior no mundo.

Nereu Jacintho Mello de Souza

Auxílio-moradia

Com tantas dificuldades em nosso país, esses magistrados se acham no direito de decidir ou legislar em causa própria, enquanto a maioria mal consegue o próprio sustento! Como se justifica o auxílio de quase R$ 4 mil a um profissional que já ganha mais de R$ 20 mil por mês? Quando achamos que o Brasil é sério, mais medíocre ele nos parece!

Adriano A. de Souza

Aeroportos regionais

Em vez de propor aeroportos regionais decentes e factíveis, boa parte desse programa federal para construção e ampliação de aeroportos regionais (Gazeta, 26/7) se resume a reformar aeroportos meia-boca, como os dois do Sudoeste, sem condições de comportar voos de aeronaves maiores por estar dentro da área urbana, cercados de casas e precisando de aterros imensos para ampliação da pista. Sem contar que o governo está tão quebrado fiscalmente que não tem dinheiro nem pra manter o nível atual de investimento, quanto mais torrar R$ 7 bilhões em obras duvidosas.

Ricardo Toseto Ciquelero

Transporte coletivo

Ao embarcar no bonde do subsídio, Curitiba fez uma opção clara pelo populismo em detrimento do progresso e da qualidade. Os quase R$ 150 milhões gastos anualmente para tampar o buraco do sistema seriam suficientes para, em poucos anos, colocar a cidade novamente nos eixos. Reconstrução de terminais que mais parecem cortiços, substituição do "asfalto-suflê" por concreto, trincheiras, mais e melhores ônibus circulando. Mas se prefere insistir no modelo do "quanto pior, mais barato", como se alguns trocados a mais no bolso do curitibano justificassem aperto, atraso e desrespeito.

Felipe Barbosa

Darcy Rosa

O jornalista José Carlos Fernandes fez mais uma bela narrativa, desta feita no obituário (Gazeta, 27/7), sobre uma pessoa exemplar e inesquecível, o Nego Rosa, e sua família, com os quais convivi na minha infância, por morar com meus pais numa casa ao lado da deles no Água Verde, nos anos 50.

Antonio Carlos Zotto, economista

Vestibular

Estou indignada com o tema da redação do vestibular de inverno da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) porque o tema (os rolezinhos) foi abordado também no vestibular da Universidade Estadual de Maringá (UEM) há duas semanas. Os candidatos que realizaram as duas provas foram privilegiados, pois ambos os processos seletivos pediram dissertação argumentativa desse movimento juvenil atual.

Gabriela Benassi

Tortura

Concordo com a afirmação de Dilma Rousseff de que "a tortura é como um câncer que começa numa célula, cresce e se espalha". Dilma, que afirma ter sido torturada durante o governo militar, se refere à tortura física, mas existe outro tipo de tortura tão perversa quanto, a moral. E tortura moral é ver que todo o trabalho imenso executado para tirar o Brasil das garras da inflação está sendo jogado fora; tortura moral é quando vemos o Itamaraty ser apequenado por aqueles que hoje dominam o órgão, aproximando o Brasil de todos os países de governos ditatoriais.

Mara Montezuma Assaf, São Paulo – SP

Bosque Gomm

A iniciativa de criar o Bosque Gomm pode motivar ações semelhantes, mostrando formas de as pessoas se mobilizarem e fazendo com que os administradores tenham de pensar melhor situações que envolvam áreas verdes. Em contrapartida, em Araucária a destruição dos remanescentes florestais e outras formas de cobertura vegetal acontece sem que autoridades e entidades tomem iniciativas para barrar tais sandices.

Trajano Gracia Neto

Importações

Concordo com a elevação da cota de importações para US$ 500, poderia até aumentar para US$ 1 mil. Ou se acaba com essa roubalheira nos impostos, ou que tenhamos a opção de comprar onde existe a melhor oferta, mesmo sendo fora do Brasil.

Eraldo José Bento

Constituição

Jovens de classe média e pobre, e alguns riquinhos, agem como verdadeiros vândalos. Formam seus grupos e saem pichando tudo que é parede e muro, emporcalhando a cidade, porque sabem que não dá nada mesmo! Mas mais grave ainda são as ações dos pichadores da Constituição Federal. Desde o primeiro até o último artigo da mesma, até mesmo as cláusulas pétreas são ignoradas!

Wilson Oliveira Trindade, bacharel em Direito, Londrina – PR

Petrobras

O conselho administrativo de todas as grandes empresas é composto por pessoas honestas, experientes e comprovadamente capazes. O Conselho da Petrobras não deveria ser diferente. Será de que fato ocorreu a reunião do Conselho para avaliar a negociação sobre a compra da refinaria em Pasadena? Como aceitaram as informações recebidas da diretoria da Petrobras? Ninguém teve acesso ao contrato? É muito amadorismo para quem recebe tanto, sem nada fazer.

Antonio Valente

Araucárias

Triste realidade retratada no ótimo artigo de Malu Nunes "O luto da mata preta" (Gazeta, 28/7). E a situação se agrava a cada dia, vide exemplo de remanescente de floresta com araucária no centro da cidade de Irati, que recebeu licença dos órgãos competentes para dar lugar a um condomínio residencial. As autoridades deveriam direcionar essa área para um parque municipal.

Emerson Antonio de Oliveira

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