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Coluna do leitor

Ouro negro

Parabéns à Gazeta do Povo, pela excelente reportagem sobre o café, "ouro-negro", que elevou o Paraná ao lugar que ocupa hoje no cenário nacional e mundial. Como fora dito na reportagem, o que mais deve-se lamentar não é a geada de 1975, mas sim a indiferença com que foi tratado o estado do Paraná, pelo governo federal, quanto ao financiamento para a reativação do plantio após aquela data. O IBC, órgão que gerenciava o café na época, junto com o Ministério da Indústria e Comércio não mais financiariam o plantio de novos cafezais, preferindo fazê-lo em outros estados como Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo. Ocorre que no Paraná sempre geou, não naquelas proporções, mas o estado sempre superou os problemas. Como foi dito na reportagem, a maior reforma agrária, sem lutas, sem disputas, foi iniciada pela Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, que quando colonizou o Norte Novo sempre optou em vender terras rurais, com áreas de 5 a 10 alqueires no máximo a cada proprietário, com isso distribuindo mais as áreas rurais e colocando o maior número de pessoas em seus lotes. Não há, acredito eu, nenhuma produção rural, até hoje, que dê o número de empregos gerados pelo café, desde o seu plantio, até chegar as nossas mesas, não havia pobreza naquela época, nem sem-terras tampouco sem-teto. Parabéns também aqueles que com o desafio de 1975 preservam, ainda que em pequena quantidade, café em suas propriedades.

Newton Luiz Colleti Curitiba, PR

Atitude apoiada

Ao contrário do que reclamam alguns leitores, congratulo-me com os fiscais do Diretran que lavram auto de infração por falta de sinalização do motorista ao fazer algum tipo de conversão com seu veículo. Tal medida independe de advertência como propõe um dos leitores. A seta do veículo está instalada para ser utilizada e advertir o motorista da intenção de conversão. Sugiro ainda maior graduação para esse tipo de infração. Realmente, o motorista curitibano não faz uso desse recurso.

Sérgio M. Egg Curitiba, PR

Bronca de torcedor 1

É uma humilhação e desconsideração o que estão fazendo com os sócios e torcedores do Paraná Clube. O esporte é um dos poucos lazeres que o povo tem; os sócios contribuem com jóia, mensalidade, promoções diversas e ingressos nas horas boas. Na hora do "banquete" tiram-lhe o prato. Pagar para os torcedores do Norte assistirem? Estão brincando com os paranistas que só prestam para socorrer o time quando ele está passando por maus momentos. Sejam criativos e façam outras promoções, mas deixem a equipe jogar em seus domínios.

Antônio Dobrowolski Curitiba, PR

Bronca de torcedor 2

Agradeço aos atletas do Coritiba por fazerem de nós, torcedores, pessoas humilhadas. Como se não bastasse perder para o time reserva do Atlético, agora o time joga sem moral diante do Botafogo. Aonde vamos chegar com esse time? A gente não ganha nem campeonato amador. Os jogadores têm que ter vergonha na cara e jogar com raça e amor à camisa, jogar com vontade e fazer do Coxa o melhor e maior time do Paraná. Hoje somos o pior. A nação coxa branca está de luto.

Leandro José de OliveiraCuritiba, PR

Belmiro

Brilhante, para dizer o menos, o artigo de Belmiro Castor, A Fábula dos Talentos, publicado nesta Gazeta domingo último.

Miguel SalomãoCuritiba, PR

Cadê os cara-pintadas?

É extremamente preocupante e grave o volume de recursos e a quantidade de novas denúncias que surgem todos os dias contra a classe política brasileira, em especial contra a administração do PT. Somente a roubalheira até agora já comprovada nos dá a garantia de que o escândalo da era Color-PC Farias possa ser considerado ação de "trombadinhas ou batedores de carteiras". E aí nos cabe fazer uma perguntinha simples e objetiva: onde estão os cara-pintadas da era Color-PC Farias, em especial as lideranças? Estariam por acaso ocupando os milhares de cargos comissionados, criados nos governos federal, estadual e municipal?

Lourival Barbosa, aposentadoCuritiba, PR

Torcedor eufórico

Endosso todas as recentes opiniões, nesta coluna, sobre o nosso Rubro-Negro paranaense pela sua excelente performance na fase decisiva da recém-finda Libertadores. O Atlético tão bem elevou e representou o futebol paranaense e do Sul do país. Não é à toa que são muito justas e coerentes as opiniões, na edição de 17/7, dos colunistas Carneito Neto e Tostão.

Antônio C. Zotto, economistaCuritiba, PR

Desarmamento

Questiono por que as autoridades podem ter armas e o cidadão não? Pergunte a quem está incentivando o desarmamento se seus seguranças andam desarmados ou se seus veículos não são blindados? Vamos fazer uma blitz neles? Como leitor e assinante da Gazeta do Povo, parabenizo toda equipe pela iniciativa de informar adequadamente a população sobre os riscos do desarmamento. Pesquisa séria mostra que um bandido prefere entrar numa residência que não tem arma a entrar em uma que ele sabe estar armada. Será que essa gente vai querer fazer o Brasil das conveniências ou um país sério?

Maurício de Souza, consultor de empresasCuritiba, PR

Identidade padronizada

Por que não fazer uma cédula de identidade com registro federal no mesmo molde, passando-se a usar um único documento. Os demais números que possuímos hoje ficariam armazenados junto com o Regif (CTPS, CPF, PIS/Pasep, passaporte, título eleitoral, etc.). Mas esse sistema tem um problema: há coisas que não irão funcionar. Por exemplo, falcatruas, contas frias, etc.

Eluir SchamneCuritiba, PR

Tecnicismo

A postura tecnicista do Ippuc, não respeitando o bem-estar dos moradores, compromete o bom relacionamento entre a prefeitura e associações de bairros. Citamos dois exemplos: na administração passada o Ippuc alterou a classificação da Rua Raphael Papa, transformando-a em corredor de trânsito, e como conseqüência os carros que vêm da ex-BR-116 entram em alta velocidade pondo em risco a vida dos moradores. Já solicitamos mais de uma vez a instalação de equipamento de controle de velocidade e até agora nada. Na atual administração, o Ippuc autorizou, sem consulta à população, a colocação de dois tótens luminosos de propaganda no canteiro central da Avenida Washington Luiz, via central de um bairro essencialmente residencial, poluindo a paisagem urbanística. Que os coloquem nos pontos de ônibus, tem uma finalidade de proteger os usuários de chuva e vento, gerando recursos para colocação em outros, mas no meio de um canteiro gramado e arborizado não tem critério. Se não se permite que escritórios localizados no bairro ponham propaganda na fachada, o que está muito certo por se tratar de bairro residencial, por que permitir a colocação de propaganda nos tótens? Dois pesos e duas medidas. Ficamos temerosos que daqui a pouco as coloquem em nossas praças e bosques. Não aceitamos esses "monstros" em nossa paisagem e já solicitamos a retirada.

Oswaldo E. AranhaCuritiba, PR

Viagem de estudantes

Gostaria que alguém me respondesse de quem é a responsabilidade sobre os ônibus que se colocam disponíveis para alunos de faculdade irem aos congressos fora do estado. Porque simplesmente minha filha pagou passagem de ida e volta para Belo Horizonte, para um congresso de herpetologia, num desses ônibus que, segundo ela, pertence à Universidade Federal do Paraná. O ônibus, lotado de estudantes, deveria sair daqui às 18h de sábado retrasado. Saiu às 19h30, sendo que são 15 horas de viagem. O congresso teria início no domingo às 18 h. Além do motorista se perder dentro de São Paulo, indo parar em favelas em plena madrugada. O ônibus quebrou, com problemas no escape que estava caindo. Depois de consertado, quebrou outras diversas vezes. Para aumentar a ansiedade dos alunos, o motorista (atrasado) resolveu andar em velocidade alta, e deixou todos preocupados e com medo de dormir. Quando faltavam 60 km para BH, o pneu furou. O ônibus não tinha estepe. Os estudantes ficaram 2 horas na beira da estrada, esperando que o motorista, depois de pegar uma carona, fosse até um borracheiro. A viagem terminou às 16 h de domingo retrasado. Minha filha voltou de ônibus de viação e pagou outra passagem. Como fica isso? Quem se responsabiliza por um grupo de estudantes? Vamos pôr ordem nessas viagens. É preciso fiscalizar os ônibus para que, depois de uma catástrofe, não se procure o culpado.

Josianne Luise Amend, assistente administrativaCuritiba, PR

Estudantes e ditaduras

Todos os dias, assisto tevê e leio a Gazeta do Povo. Muitas e muitas vezes fico irritada e triste com o noticiário político-policial. Fiquei sabendo do comentário do Chico Buarque, lá em Barcelona. Tivemos em um tempo relativamente curto, historicamente falando, dois regimes ditatoriais: um com Getúlio Vargas e outro militar. Jovens proibidos de se mostrarem, descontentes com as decisões radicais de um governo prepotente, até presos e maltratados, faz com que os nossos jovens, de hoje, se escondam debaixo das asas de seus pais. Entendo também o receio dos familiares depois de tanto sofrimento. Visitei alguns presídios em São Paulo, à procura do pai dos meus netos. Sim, estávamos nos anos 60. A situação era terrível, mas muita gente não sabia, pois viviam em seus mundinhos fechados. Uma das vezes, ouvi dois carcereiros se queixando dos salários muito baixos. De outra vez, vi chegar uma comitiva oficial para visitar o sobrinho do marechal Castelo Branco, também preso e torturado. Uma ocasião, um familiar meu falou, muito zangado, que estudante tem mais é que estudar. E eu respondi, no ato, que as vacas no pasto só comem. Duas gerações castigadas pela intransigência e prepotência, só podia ter gerado tanta gente inconsciente. Longe de mim querer julgar, sei o que vi e vivi! Quase todos estudantes de hoje estão apenas interessados em usar roupas de grife e andar em grupos, exibindo seu charme ou posição social. Daí, não conhecerem as realidades do nosso Brasil. Portanto, são bem poucos os que procuram entender as razões da violência e da miséria.

Margarita Wasserman, escritoraCuritiba, PR

Prefeitura agradece

A Prefeitura de Curitiba agradece a aprovação do leitor Pedro Carlos Weiler quanto à redução do preço da passagem de ônibus. Também lembra que as antigas fichas metálicas, mencionadas pelo leitor, foram substituídas por créditos em cartão porque vinham sendo usadas ilegalmente como moeda por muitos usuários, perdendo sua finalidade de garantir exclusivamente os deslocamentos no transporte coletivo. No cartão, o passageiro compra deslocamentos e estes não são moedas não estando, portanto, sujeitos às alterações de valores conferidas às passagens. A Urbs também informa que, seguindo o que determina a legislação, toda arrecadação do transporte coletivo é utilizada exclusivamente na manutenção do sistema.

Secretaria Municipal da Comunicação Social de Curitiba

Metrô

Gostaria de saber da prefeitura de Curitiba se a idéia de um novo tipo de transporte de massa, como o metrô, desapareceu completamente dos planos da atual administração. Sabemos que o metrô subterrâneo teria um valor astronômico, contudo não acredito que a imaginação e a competência daqueles que um dia projetaram e desenvolveram soluções que hoje são utilizadas, não só pelo Brasil mas também pelo mundo afora, tenha se esgotado. Sou entusiasta pelas coisas de nossa terra e recuso-me a acreditar que nossas autoridades municipais não percebam a saturação do atual sistema. Apostar em uma grande avenida como solução para uma cidade como Curitiba é no mínimo utópico.

Julio C. A. FróesCuritiba, PR

Errata

* Diferentemente do que foi publicado na matéria "Caixa Econômica Federal facilita o acesso ao crédito para habitação" (18/7), 32 mil moradias devem ser financiadas no Paraná este ano com recursos da Caixa Econômica Federal, e não 320 mil.

* Na legenda fotográfica da matéria Saúde em dia, na edição do Viver Bem do dia 10 de julho, o nome correto do médico é Joel Roberto Garcez.

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