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Painéis de energia solar no teto da sede da prefeitura de Curitiba: sistema vai ser estendido a terminais, rodoviária e ao aterro do Caximba.
Painéis de energia solar no teto da sede da prefeitura de Curitiba: sistema vai ser estendido a terminais, rodoviária e ao aterro do Caximba.| Foto: Isabella Mayer/SMCS

O número de novas instalações de painéis solares no Paraná saltou de 2.675 no ano de 2018 para 7.729 somente nos primeiros 10 meses de 2019, segundo dados da Companhia Paranaense de Energia (Copel). Para se ter uma ideia, 65,7% dos sistemas fotovoltaicos ligados à rede de distribuição de energia do estado foram instalados apenas entre janeiro e outubro deste ano.

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O crescimento, exponencial, é explicado principalmente pela redução no custo dos sistemas. “Nos últimos cinco anos, o custo de instalação de um sistema fotovoltaico caiu pela metade e a tendência é cair ainda mais”, explica Julio Omori, superintendente de projetos especiais da Copel. Hoje, um projeto de 4 kilowatt pico, suficiente para suprir a energia de uma casa com quatro pessoas, custa em média R$ 20 mil.

A energia gerada que é consumida pela unidade significa desconto na conta de luz. Quando um sistema é capaz de gerar energia suficiente para compensar todo o consumo e ainda “devolver” para a rede, o cliente recebe um bônus que pode ser utilizado em contas futuras ou até mesmo em outra unidade consumidora. “Não existe venda de energia em dinheiro; a legislação preconiza a compensação”, explica o superintendente da Copel.

No Paraná, todas as instalações passam pela anuência da Copel. É preciso apresentar um projeto, com o respectivo responsável técnico, que fará a emissão de uma Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e o processo pode levar até 60 dias para ser liberado, dependendo da potência e da necessidade de execução de obras de reforço ou de ampliação no sistema de distribuição acessado.

Conforme dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, o Paraná é o quinto estado no ranking de geração distribuída, com 59,4 MW de potência instalada de fonte fotovoltaica. O estado fica atrás de Minas Gerais (241,9 MW), Rio Grande do Sul (189,7 MW), São Paulo (156,3 MW) e Mato Grosso (81,7 MW).

No fim do ano passado, para estimular a utilização de sistemas que utilizam a luz solar para geração de energia, a Copel lançou, em parceria com o Simepar, o Mapa Solar do Paraná, que traz informações detalhadas da radiação registrada sobre o território paranaense. Com a ferramenta, o usuário interessado tem condições de calcular a estimativa de potência dos módulos fotovoltaicos que podem suprir sua demanda por energia.

Por enquanto o impacto da geração distribuída é praticamente insignificante na matriz energética do estado. Segundo Omori, a potência gerada pelos sistemas fotovoltaicos é inferior às chamadas perdas do sistema, que ocorrem no processo de transformação da energia elétrica em térmica, nos núcleos dos transformadores, em erros de medição, “gatos”, entre outros processos. “A escala ainda é muito pequena, mas a velocidade do crescimento tem chamado a atenção”, ressalta.

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