A Companhia Paranaense de Energia (Copel) fechou o primeiro semestre de 2019 com lucro líquido de R$ 852,9 milhões, alta de 19,9% em relação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi impulsionado principalmente pelos resultados da Copel Distribuição, que, na comparação anual, cresceu 88,7% no segundo trimestre (abril, maio e junho), e 165,8% no consolidado do primeiro semestre, respondendo por 38% do lucro da holding.
Com isso, o lucro da Copel Distribuição antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficou em R$ 1.053,7 milhão no acumulado dos últimos 12 meses. O resultado reduziu o ‘gap’ entre o realizado e o definido como meta pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de 40,2% em junho de 2018 para 1,3% em junho de 2019.
No release de resultados divulgado a investidores, a distribuidora atribui os resultados principalmente ao aumento na receita de disponibilidade da rede elétrica (especialmente ao reajuste na tarifa) e à redução no chamado em despesas nas rubricas ‘pessoal e administradores’, como efeito de um programa de demissão incentivada, e ‘outros custos e despesas operacionais’, especialmente relacionada a menores perdas na desativação de bens e direitos. Além disso, impactou no crescimento um menor saldo em provisões e reversões, principalmente com a redução de litígios trabalhistas e cíveis.
Aumento da conta de luz
No fim de junho, a empresa reajustou as tarifas, em média, em 3,41% após autorização da Aneel. Ainda assim, a Copel Distribuição foi considerada a melhor distribuidora de energia do Brasil na opinião de consumidores em premiação da Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), anunciada em julho.
Investimentos e destaques no 2º trimestre
Em reunião ordinária do Conselho de Administração da Copel, a companhia revisou o programa de investimentos para 2019, suplementando em R$ 77,6 milhões o orçamento da Mata de Santa Genebra Transmissão, empreendimento que mantém em sociedade com Furnas. O investimento total previsto para o grupo no ano de 2019 passou a ser de R$ 2,0923 bilhões.
Entre outros eventos de destaque do segundo trimestre de 2019 está a abertura de capital da Copel Geração e Transmissão, deferida pelo Conselho de Valores Mobiliários (CVM) em 27 de junho. A abertura refere-se à categoria ‘B’, que permite a emissão de títulos de dívida, mas não de ações da subsidiária.
Em 2 de agosto, a Fitch Ratings elevou para ‘AA(bra)’ o rating nacional de longo prazo da Copel, suas subsidiárias (Geração e Transmissão, Distribuição e Telecom) e de suas respectivas emissões de debêntures. Segundo comunicado ao mercado na ocasião, o novo indicador se apoia “no fortalecimento do perfil financeiro consolidado da Copel, com expectativa de manutenção de estrutura de capital conservadora e retorno de fluxos de caixa livre positivos nos próximos anos, devido ao encerramento do ciclo de expansão nos segmentos de geração e transmissão”.
Processo de privatização da Telecom
Sobre o processo de privatização da Copel Telecom, a holding destaca no relatório aos investidores que contratou o Banco Rothschild para atuar como assessor financeiro e o escritório de advocacia Cescon Barrieu para assessorar juridicamente a empresa em estudos relacionados ao assunto.
A intenção do governo de Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) de vender a subsidiária responsável pelo fornecimento de internet por fibra óptica já é pública desde que ele ainda era candidato. O plano de venda ainda precisa ser submetido à análise da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
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