Vacina da Astrazeneca para Covid-19.
Vacina da Astrazeneca para Covid-19.| Foto: Geraldo Bubniak / AEN

O Paraná vai receber nesta semana um lote de 451.750 doses de vacina da Covid-19, todas da Astrazeneca produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) não divulgou a data exata de quando o Ministério da Saúde enviará esse que é o 26.° lote de imunizantes. Todo o lote é para aplicação de segunda dose em idosos de 60 a 64 anos, totalizando 404.242 doses, 71% do total a ser enviado. Outras 2.277 doses serão para em policiais e trabalhadores das forças de segurança. As demais vão para a reserva técnica.

Justamente por falta de vacina, a prefeitura de Curitiba suspendeu nesta segunda-feira (21) a aplicação da primeira em professores e trabalhadores de educação básica e superior. Com isso, a vacinação na capital nesta segunda ficou limitada apenas ao grupo de idades, na faixa etária de 50 anos ou mais.

Domingo (20), a prefeitura voltou a cobrar do governo do estado o envio de mais doses para que a capital não tenha que continuar suspendendo a vacinação de grupos. "O município já vacinou pessoas do grupo prioritário da educação em quantidade maior do que as doses recebidas, sendo inviável a continuidade enquanto a Secretaria de Saúde do Estado do Paraná não repassar novos imunizantes com esta destinação", ressaltou a prefeitura em nota.

Semana passada, o prefeito Rafael Greca cobrou da Sesa readequação no envio de quantidade de doses à capital. Segundo a prefeitura, 191 municípios receberam proporcionalmente mais vacinas do que Curitiba. A cobrança foi no mesmo dia em que o governador Carlos Massa Ratinho Jr anunciou o calendário de finalização de aplicação da primeira dose da vacina de Covid-19 para setembro. No dia seguinte, a secretária municipal de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, disse que o calendário do governo estadual tinha mais apelo político do que técnico. Comentário o qual o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, considerrou "desleal e desfavorável". Também na semana passada, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) cobrou do governo estadual esclarecimentos sobre o envio de vacinas a Curitiba.