As audiências da ação penal ligada à Operação Rádio Patrulha vão começar no mês de agosto, depois de um período tumultuado – o processo, que tramita na 13ª Vara Criminal de Curitiba desde setembro de 2018, ficou paralisado entre janeiro e abril deste ano, o que gerou o cancelamento de interrogatórios. Agora, o juiz do caso, José Daniel Toaldo, tem reorganizado o calendário das audiências. As testemunhas arroladas devem prestar depoimento entre os dias 5, 6, 7 e 8 de agosto.

No período, três delatores serão ouvidos – o ex-parlamentar e empresário Tony Garcia no dia 5; o ex-diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) Nelson Leal Junior no dia 6; e o ex-diretor de Engenharia, Projetos e Orçamentos da Secretaria da Educação Maurício Fanini no dia 8.

Na semana seguinte, os 13 réus começam a ser ouvidos – o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) deve ser interrogado no dia 15 de agosto, às 14 horas.

O caso

Deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em setembro de 2018, a Operação Rádio Patrulha apura direcionamento de licitação e desvio de dinheiro no âmbito do programa Patrulha do Campo, lançado em 2011 pelo governo do Paraná. O programa consistia basicamente no aluguel de maquinários das empresas, para utilizá-los em melhorias de estradas rurais. Para o Gaeco, Beto Richa era o principal beneficiário do esquema de corrupção. Ele nega ter cometido crimes.