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Por maioria, professores aprovaram, em assembleia, o fim da greve.
Por maioria, professores aprovaram, em assembleia, o fim da greve.| Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná

Depois dos professores, outros servidores estaduais em greve também podem suspender ou até encerrar a mobilização nos próximos dias. Assembleias estão sendo agendadas e a decisão está a critério de cada categoria. O impasse entre funcionalismo e governo é, principalmente, em relação à data-base. Enquanto os trabalhadores pedem 4,94% de reajuste, o governo oferece 2% de correção em janeiro de 2020 e mais duas parcelas de 1,5% em janeiro de 2021 e janeiro de 2022, respectivamente.

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Os trabalhadores da Saúde e da Previdência do Paraná se reúnem para discutir a recomposição salarial na noite desta segunda-feira (15). A assembleia extraordinária foi convocada pelo SindSaúde, que representa as categorias. A entidade considera que houve avanços na negociação com o governo, que recuou na intenção de suspender as licenças-prêmio e o pagamento de promoções e progressões. O encontro é realizado na sede do Sindicato dos Bancários, no bairro Rebouças, em Curitiba.

Os servidores da Agricultura, do Meio Ambiente, Fundepar e Afins também discutem o futuro da mobilização nesta noite (15). Uma assembleia-geral é realizada na sede do SindiSeab, que representa a categoria, no bairro Cabral, em Curitiba.

Em relação aos agentes penitenciários, a assembleia está marcada para quinta-feira (18), às 14 horas, na sede do Sindarpen, o sindicato da categoria. No site da entidade, a informação é a de que "houve um avanço diante da ideia inicial do governador de reajuste zero". Em 3 de julho, o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) apresentou uma proposta de correção rejeitada pelos trabalhadores. A oferta era de 0,5% em 2019 e outros 4,5% parcelados até 2022, com o congelamento da data-base no período e a suspensão da licença prêmio.

Os integrantes das polícias Civil e Científica e do Instituto de Criminalística, por sua vez, debatem o assunto no próximo sábado (20), às 10 horas, na sede do Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol). Além disso, uma reunião com integrantes das demais forças de segurança, incluindo as que integram a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, deve ser realizada nos próximos dias.

Quem já decidiu

Em votação realizada na noite da última sexta-feira (13), os delegados da Polícia Civil do Paraná decidiram se manter em assembleia permanente. De acordo com Claudio Marques, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado do Paraná (Sidepol), essa é uma forma de demonstrar a insatisfação da categoria com a data-base e também com as atuais condições de trabalho. "Nós estamos sem reajuste há cerca de quatro anos e só não cruzamos os braços para não prejudicar a sociedade e nem contribuir com o crime organizado, mas não concordamos com a situação atual".

No sábado (13) de manhã, foi a vez dos professores estaduais deliberarem sobre o tema. A categoria decidiu suspender a mobilização, mas manter o debate com o governo por melhorias para a categoria. Há uma reunião entre as partes marcada para a próxima quarta-feira (17). Mas, neste caso, a discussão será sobre os critérios para a realização de um Processo Seletivo Simplificado (PSS) ou de um concurso público, e não sobre a data-base.

Os funcionários do Tribunal de Justiça do Paraná, por sua vez, se reuniram no fim de semana e votaram pela continuidade do estado de greve por tempo indeterminado. De acordo com o Sindijus, o sindicato da categoria, os servidores continuam trabalhando normalmente, mas seguem mobilizados e prontos para participar de manifestações futuras. Para o coordenador-geral da entidade, José Roberto Pereira, "o estado de greve é como um alerta, para que as tentativas de retirada dos nossos direitos sejam combatidas".

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