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Governo Ratinho Junior
Governador anuncia o decreto que impõe quarentena a parte dos municípios do Paraná.| Foto: Rodrigo Felix Leal/AEN

A "quarentena rigorosa" imposta por decreto pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) nesta terça-feira (30) e que vai atingir ao todo 134 cidades – quase metade da população paranaense – teve reações divergentes pelos prefeitos das principais cidades do estado afetadas pela decisão.

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Enquanto a capital Curitiba e Foz do Iguaçu anunciaram que vão seguir o decreto, determinando o fechamento de atividades não essenciais por 14 dias entre várias outras restrições, Cascavel informou que vai recorrer ao estado para ficar de fora. Já outras ainda não tinham posicionamento oficial na noite desta terça (30).

A Prefeitura de Curitiba publicou já na noite desta terça-feira (30) um novo decreto (870) com adequações necessárias ao alinhamento da cidade ao decreto estadual (4.942), suspendendo temporariamente a vigência do decreto municipal anterior, o da bandeira laranja. Em vídeo, o prefeito Rafael Greca (DEM) declarou que recebeu as novas medidas com serenidade e as entendeu como "prudenciais". Na mesma linha, a prefeitura de Foz do Iguaçu informou que irá seguir integralmente o decreto do estado, porém sem fazer um novo decreto municipal.

Já o prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos (PSC), anunciou em pronunciamento em vídeo transmitido pelas redes socais, que a prefeitura irá recorrer administrativamente para que Cascavel não seja incluída no decreto estadual. Segundo ele, o pior momento da pandemia na cidade já passou.

“Tivemos momento de muita dificuldade, tivemos que levar informações à Justiça para mostrar o que estamos fazendo. O poder público está cumprindo seu papel, o comércio está respeitando todas as regras sanitárias e a população tem que fazer sua parte também. Por isso mostramos à Justiça que as nossas ações têm embasamento científico”, disse. “Por isso, faremos pedido ao governo e à Secretaria de Saúde para rever essa decisão. Estamos trabalhando para salvar vidas, mas também para salvar nossos empregos. Precisamos garantir que as empresas tenham sua sobrevivência”, acrescentou.

Paranhos disse que o recurso deve ser protocolado na próxima quinta-feira (2) e que, enquanto não houver decisão contrária, cumprirá a determinação estadual.  “Sou um homem de cumprir rigorosamente a lei, vamos cumprir, mas nosso procurador jurídico já está montado uma peça administrativa para recorrermos ao governo, mostrando que Cascavel tem feito seu papel, agido com firmeza sensibilidade, para termos um resultado menos oneroso para todos nós”.

A prefeitura de Londrina, por sua vez, não tinha comentário oficial na noite desta terça (30). O município de Toledo também não tinha decisão oficial sobre a decreto estadual e, por enquanto, seguiria em vigor o decreto municipal publicado também nesta terça, pela manhã, que tinha vários pontos em comum com o documento estadual.

Em Cianorte, o decreto estadual ainda será analisado pelas autoridades municipais e, para esta quarta-feira (1°), seguem as regras válidas do último decreto municipal. A Gazeta do Povo não obteve resposta oficial da prefeitura de Cornélio Procópio.

Nesta terça (30) o Paraná registrou novos recordes de mortes e casos de Covid-19.

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