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Hospital de Clínicas é o maior hospital público do Paraná – Imagem de Arquivo
Hospital de Clínicas é o maior hospital público do Paraná – Imagem de Arquivo| Foto: Henry Milleo / Arquivo Gazeta do Povo

Metade do maior hospital do estado já está reservada para lidar com os desafios do atendimento aos pacientes com suspeita de Covid-19. Não teria como destinar o Hospital de Clínicas (HC) inteiro, tendo em vista que a estrutura é referência em várias áreas da saúde e outras necessidades médicas, como enfartes, derrames e transplantes, continuam exigindo tratamento imediato. Mas, dos cerca de 600 leitos, apenas 240 (40%) estão ocupados com outras doenças. A partir da suspensão de procedimentos eletivos (como exames, consultas e cirurgias), há duas semanas, aos poucos o HC foi se preparando para atender toda a demanda prevista para um futuro próximo.

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A médica Claudete Reggiani, superintendente do HC, explica que os preparativos já começaram em janeiro, a partir da observação do que estava acontecendo na Ásia e depois na Europa. Ou seja, antes mesmo de o primeiro registro de caso no Brasil, já estava sendo pensado como adaptar a estrutura do HC. Por enquanto, a unidade não precisou de novos aparelhos, pois conta com equipamentos em grande quantidade.

Um exemplo são os respiradores. São 124, sendo que metade deve ser destinada para casos de Covid-19 e o restante é usado pelos demais pacientes. Atualmente, 14 internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) usam ventiladores mecânicos: uma paciente de 63 anos que testou positivo para a nova doença, metade tiveram as suspeitas descartadas e o restante ainda aguardam resultado de exames.

Todos os casos que são encaminhados ao hospital por outras unidades de saúde são tratados como suspeitos, dentro do protocolo de cuidados para evitar contaminação, quando apresentam sintomas de Covid-19. Claudete destaca que o HC conta com UTIs espalhadas por quase todo o complexo e, por isso, com grupo robusto de intensivistas e infectologistas.

A UTI que era usada pela área ortopédica, no sexto andar, está hoje reservada paras os casos de novo coronavírus. O sétimo andar virou uma enfermaria exclusiva – e atualmente oito pacientes estão em tratamento. O oitavo andar virou um espaço também em separado, que pode ser acionado caso a demanda aumente. Do nono andar para cima é que ficam os atendimentos às demais enfermidades.

Para evitar que a unidade se torne uma fonte de contaminação, entradas segregadas foram criadas. Quem vai ao hospital para os acompanhamentos e tratamentos que não podem ser interrompidos passa por uma triagem, em área ventilada, e só depois é autorizado o acesso. Já os casos suspeitos de Covid-19 são recebidos por uma porta lateral, por onde também passam os profissionais que atendem nas áreas exclusivas. Para diminuir a circulação de pessoas, as visitas aos internados foram proibidas: somente idosos e crianças podem contar com acompanhantes.

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