A estratégia de preparação para dar conta da grande quantidade de potenciais pacientes graves de Covid-19 priorizou em todo país a ampliação dos leitos em Unidade de Terapia Intensiva (UTIs), que contam com respiradores e oferta de oxigênio auxiliar. Em Curitiba, esse planejamento significou aumentar, em dois meses, em 25% a oferta disponível. Os dados do DataSus, sistema de informação do Ministério da Saúde apontam que, no início de 2020, a cidade contava com 760 leitos de UTIs, considerando os mais variados tipos, como neonatal, pediátrica e para queimados, por exemplo.
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De lá para cá, o plano de contingência montado para reforçar a estrutura intensivista resultou em mais 225 leitos de UTI (veja infográfico), todos exclusivos para casos de Covid-19, distribuídos em onze hospitais de Curitiba. Segundo a secretária municipal de Saúde, Márcia Huçulak, remanejamentos foram feitos para que a oferta fosse ampliada. A cidade chegou a ser apontada como referência em planejamento e organização pelo ex-ministro da Saude, Luiz Henrique Mandetta.
O próprio Hospital de Clínicas informou que separou metade da unidade para os casos de Covid-19, incluindo enfermaria, mas que, se fosse preciso, teria capacidade para transformar todo o estabelecimento em uma gigantesca UTI, com mais de 600 leitos. É que o prédio inteiro tem tubulação para os gases necessários, como oxigênio. Bastaria que fossem cedidos mais equipamentos, como respiradores e monitores cardíacos. Trata-se de um estabelecimento de saúde com muitos profissionais habilitados para trabalhar na área intensivista, além de ter fornecido, nas últimas semanas, treinamentos básicos para que mais equipes estejam prontas para procedimentos emergenciais.
As novas unidades somadas às que já tinham sido reservadas para Covid-19 passam de 400. Curitiba passou a ter aproximadamente mil leitos de UTI, cerca de um terço de todos os do estado. É importante destacar que cidades menores, com unidades de saúde mais voltadas a atendimentos básicos, não têm possibilidade de instalar leitos de terapia intensiva, por causa da necessidade não só de equipamentos, mas da retaguarda, como profissionais com habilidades específicas. Estrategicamente, nem todos os leitos de UTI do sistema podem ser destinados para Covid-19 – é o caso dos neonatais, com características especificas para bebês.
Tanto a secretaria municipal quanto a estadual estão monitorando constantemente a ocupação de leitos. Os dados do Paraná são divulgados diariamente, junto com o boletim de novos casos e mortes pelo novo coronavírus e apontavam, no sábado (25) que 29% das unidades reservadas estavam com pacientes. Uma das medidas que foram tomadas para que houvesse mais disponibilidade foi o cancelamento de cirurgias eletivas.
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