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Alta de casos de UTI provoca suspensão das cirurgias eletivas em Curitiba
Números atualizados neste domingo (6) pelo Ministério da Saúde mostram que o Brasil tem 6.603.540 casos acumulados do novo coronavírus.| Foto: Renato Próspero/SMCS

A prefeitura de Curitiba suspendeu nesta terça-feira (17) as cirurgias eletivas – que não são de emergência – em 12 hospitais que atendem pelo SUS para reforçar os leitos de Covid-19. A decisão da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) foi tomada pelo crescimento da transmissão do coronavírus nos últimos dias, o que deixa a cidade em alerta.

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“Algumas situações já acenderam o alerta no sentido de preparar o sistema de saúde para um aumento de demanda”, enfatiza a secretária municipal de Saúde, Márcia Huçulak. “Já estamos nos preparando e isso leva um tempo dos hospitais, que precisam avisar os pacientes das cirurgias e se reorganizarem para que semana que vem a gente tenha mais leitos disponíveis e não tenhamos nenhum problema para nossos usuários”, conclui a secretária.

Curitiba chegou a ter 355 leitos exclusivos para Covid-19 no auge da pandemia. Segunda-feira (16), a quantidade era de 283. Ou seja, parte dos 72 leitos que deixaram de atender pacientes com coronavírus serão reativados com a suspensão das cirurgias eletivas.

De acordo com a SMS, desde quarta-feira (11) as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) de Curitiba vêm registrando aumento de atendimentos de casos respiratórios, que ganhou ainda mais força a partir de sexta-feira (13). “Nas duas semanas anteriores a gente chegou a ter quase nenhum caso ou mesmo nenhum caso de quadro respiratório por UPA, mas desde sexta estamos tendo aumento expressivo de procura”, aponta Márcia.

Uma das causas do aumento de casos, segundo a SMS, seria o feriado de Finados, no dia 2 de novembro. “Temos visto que toda movimentação de pessoas viajando e aglomerações geram aumento de transmissão do vírus”, explica Márcia.

Taxa de transmissão da Covid em Curitiba já está acima de 1

Nesta semana, a Taxa de Reprodução R, principal indicador para tomada de medidas sanitárias, está acima de 1 em Curitiba – quando chega nesta marca, significa que cada pessoa infectada transmite a doença a pelo menos mais uma pessoa, aumentando a disseminação. “Nosso índice R subiu essa semana para 1,2. Ele esteva quase 30 dias abaixo de 1”, compara a secretária de Saúde.

Segunda-feira, Curitiba chegou a um dos índices mais altos de casos ativos, com 6.849 pessoas contaminadas com potencial de transmissão. Além disso, no acumulado a capital praticamente triplicou o número de infecções no prazo de uma semana. Enquanto nos dias 8 e 9 de novembro a cidade registrou o acumulado de 536 novos casos, uma semana depois, nos dias 15 e 16 de novembro, o acumulado de casos saltou para 1.508.

Com tal quadro, Márcia Huçulak apela para que a população se cuide. “Por favor, gente: o vírus não foi embora. Ele está no nosso meio e está na nossa mão a capacidade de conviver com ele. Use máscara o tempo todo e evite aglomeração. Em caso de contato com alguém com suspeita de contaminação ou se você mesmo tiver quadro de tosse, febre, dor de garganta, dor no corpo, coriza, ligue para o 3350-9000 e nós vamos acompanhar e agendar um exame”, pede Márcia Huçulak.

A secretária ainda reforça o pedido para as pessoas com suspeita ou com Covid-19 já confirmada se isolem. “Muita gente critica essa nossa orientação, mas ela é efetiva, é eficaz. Isolamento de quadros respiratórios é muito importante para quebrar a transmissão do vírus”, reforça a secretária de Saúde.

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