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Testes de coronavírus.
Testes de coronavírus.| Foto: Divulgação/Sesa

O Paraná foi o 11º estado brasileiro a atingir a marca de 2 mil mortes por Covid-19. A velocidade com que o estado dobrou o número de óbitos a partir do milésimo, no entanto, indica que a curva paranaense pode se assemelhar a de estados do Nordeste que tiveram o pico da pandemia em meses anteriores. O Paraná levou 130 dias a partir da primeira morte para chegar às 2 mil, mas, desde a milésima morte, passaram apenas 22 dias.

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Esse recorte da dobra em mil mortes no Paraná é idêntico ao da Bahia, por exemplo. O estado do Nordeste levou os mesmos 22 dias para ir de mil para 2 mil mortes, exatamente um mês antes do Paraná (entre 11 de junho e 3 de julho). A Bahia continua registrando aumento na média móvel de mortes diárias, mas em um ritmo menor. Passados mais 30 dias, o estado tinha registrado, em 3 de agosto, 3.624 mortes por Covid-19.

O Maranhão, que também já superou as 3 mil mortes, levou 26 dias para dobrar da morte mil para a 2 mil. Outro estado com mais mortes que o Paraná até o momento, o Espírito Santo (pouco mais de 2.600 mortes) levou 29 dias entre o milésimo óbito e o de número 2 mil.

O Paraná chegou a sua morte de número 2 mil no mesmo dia que o Rio Grande do Sul. Com o número de habitantes semelhante e na mesma região geográfica do país (a pandemia chegou posteriormente no Sul), as curvas dos dois estados caminham bastante alinhadas. Os gaúchos dobraram as mil mortes em um dia a menos (21).

Apenas Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul estão com a velocidade do aumento de mortes maior do que a do Paraná, levando menos do que os 22 dias para a última dobra. Comparando com os números de 3 de agosto, Santa Catarina dobrou seu número de mortes em 18 dias, indo de 588 para 1.196. Já o Mato Grosso do Sul, dobrou em 17 dias, mas foi de 203 para 421 mortes.

Transmissibilidade ainda em alta

A média móvel de mortes diárias segue crescendo no Paraná, em uma velocidade menor do que há algumas semanas, mas ainda crescendo. Da última semana de junho para a primeira semana de julho, o número de mortes cresceu 31%. Na semana seguinte, 29%. Houve queda mínima na terceira semana do mês passado, mas de apenas 1%. A curva, então, voltou a subir no período seguinte - 9% - chegando a 297 mortes, recorde de falecimentos em uma semana, que foi registrado entre 19 e 24 de julho.

A redução na velocidade do crescimento das mortes é evidenciada pela taxa de retransmissão (Rt) do vírus no estado. De acordo com o estudo da Universidade Federal do Paraná, a taxa está em 1,04, o que indica um acréscimo de 4% no número de casos e óbitos. Ou seja, a cada 100 pessoas infectadas, novas 104 pessoas terão contato com o vírus. Essa taxa, já esteve em 1,32 em 14 de julho, por exemplo. Um Rt menor que 1 indica a diminuição no número de novos casos e óbitos pela doença. Além do Paraná, outros oito estados estão, hoje, com o Rt acima de 1. A média nacional, contudo, é de 0,99.

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