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Escolas mostram soluções que adotaram para incrementar ensino remoto
| Foto: Divulgação

A pandemia causada pelo novo coronavírus causou enorme impacto nas redes educacionais de todo o mundo. Segundo a Unesco, 146 países suspenderam as aulas presenciais. No Brasil, redes públicas e particulares adotaram o ensino a distância para manter as atividades educacionais, não sem passar por vários desafios para executar isso no dia a dia. Agora, passados dois meses e meio do início do isolamento social, muitas instituições acumulam soluções das mais simples às mais inovadoras. O Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe/PR) está incentivando o compartilhamento de boas práticas. Conheça algumas dessas experiências:

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Apoio das mães

Por atender crianças de 0 a 5 anos, do berçário, creche e pré-escola, a educação infantil se faz pelo contato, proximidade e afeto. Mesmo assim, iniciativas escolares que envolvem as famílias estão permitindo que os pequenos continuem a desenvolver suas aptidões físicas, psicológicas, intelectuais e sociais – com a ressalva de que nessa faixa etária, o aprendizado se dá prioritariamente por meio das brincadeiras.

O Colégio Sepam, de Ponta Grossa, por exemplo, está mantendo o vínculo com as crianças pequenas por meio do projeto “Mãe Porta-voz”, no qual uma ou mais representantes de cada turma faz mediação com as famílias da turma. Segundo Kátia Costa, coordenadora pedagógica da educação infantil no Sepam, quase 100% dos 230 alunos da educação infantil estão realizando o ensino remoto, que inclui até mesmo aulas de educação física e expressão corporal.

Na Escola Atuação, em Curitiba, a educadora de uma turma de maternal, Juliana Oriane Cegatte, fala sobre as improvisações necessárias para que os pais consigam realizar as atividades com os pequenos. “Um dia eu falo: ‘amanhã preciso de cinco pares de cores diferentes’ para uma aula. No outro, as mães já estavam com as cinco meias. Elas têm sido fundamentais nessa ajuda. Aí partimos para trabalhar um círculo. E o que tem formato de círculo em casa? Uma panela? Então ‘vamos todos buscar uma panela’. São formas de interagir e sair da mesmice. Todo dia tem que ter uma novidade”, disse Juliana, em material divulgado pela assessoria de imprensa do Sinepe/PR.

Novas abordagens

Passado um período de adaptação às aulas digitais, a professora do 4.º ano da Escola Aldeia do Sol, em Guarapuava, Klaudeline Luz Veríssimo, buscou estratégias de ensino para manter a atenção e interesse dos alunos. Uma das atividades que surgiram no período de isolamento foi a criação de um “telejornal”, em meio ao conteúdo de língua portuguesa. “Houve um grande empenho na produção das informações que foram noticiadas por eles, sendo possível uma apresentação encantadora e eficiente, em que os fatos foram transmitidos como se fossem reais. A realização dessa atividade foi uma maneira diferente e envolvente de fazer com que as crianças compreendessem a linguagem jornalística, formal e informal”, afirmou Klaudeline, em nota enviada pela assessoria de imprensa do Sinepe/PR.

Também na Aldeia do Sol, mas na turma do 2.º ano do ensino médio, uma das inovações foi no ensino de matemática. Segundo o professor Paulo Moyses Guimarães, o conteúdo foi adaptado para slides criativos. Outra atividade envolveu a busca por materiais acessíveis para a construção de poliedros regulares (como cubos e pirâmides). Os alunos precisaram mandar fotos dos sólidos que fizeram, mostrando o cumprimento da tarefa, que envolveu ainda conceitos de filosofia e história.

Uma dessas atividades, por exemplo, foi dada à 2.ª série do Ensino Médio, em que por meio de materiais acessíveis pudessem construir poliedros regulares, conhecidos como poliedros de Platão, e que se verificassem a relação Euler, que verifica a relação das faces, vértices e arestas, tirando fotos para com provação de que tinham realizado a tarefa. Além de ser uma atividade matemática, teve sua potencialidade na promoção de um momento interdisciplinar com filosofia e história.

Descontração

Não é só do conteúdo formal que se faz o ensino. A partir dessa premissa, professores do Colégio Imaculada Conceição, em Curitiba, utilizam várias ferramentas e dispositivos para organização dos estudos: redes sociais, WhatsApp, e-mails, portais, aulas gravadas, chats, canais streaming, podcasts e fóruns online são alguns dos canais utilizados. Outra ferramenta “inusitada” no ambiente escolar é o videogame. Educadores do ensino fundamental II e ensino médio organizaram um torneio de videogame semanal para cada uma das classes. Essa faixa etária conta ainda com aulas especiais de cultura, com temas de literatura e cinema. A “diversão” ocorre ao mesmo tempo em que o colégio presta auxílio pedagógico e pastoral às famílias. “Esses serviços, nos bastidores, operam em cada situação familiar, acolhendo, escutando, analisando, com novas formas de trabalho que pedem novos conhecimentos e dedicação à missão de educar”, afirmou Irmã Maria.

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