A Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar) divulgou nesta sexta-feira (29) uma série de recomendações aos motoristas e empresas de transporte no sentido de evitar transtornos em caso de greve de caminhoneiros, prevista para a próxima segunda-feira (1º). A federação afirma na nota que entende como legítima a cobrança pela redução do preço do diesel e pela revisão da política de preços da Petrobras, mas aponta que agora “não é o momento para paralisações”.
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Para a Fetranspar, as sugestões propostas poderão ser adotadas por transportadores como forma de resguardar a segurança dos motoristas e o patrimônio das empresas. A federação sugere que não sejam liberados os veículos que possam passar por pontos onde haja maior concentração de manifestantes. Além dessa medida, a federação também sugere que as empresas alertem a seus clientes sobre a possibilidade de atraso nas viagens.
Aos motoristas, a Fetranspar recomenda que mantenham a atenção redobrada em pontos de parada e em eventuais locais de manifestação. A sugestão aos profissionais é que não se envolvam em situações que possam colocar em risco a integridade física dos motoristas ou a carga e outros bens das empresas. A federação alerta aos motoristas para que não entrem em discussões com manifestantes ou autoridades policiais, e que não tentem furar os bloqueios – nestes casos, a orientação é estacionar em local seguro e alertar tanto a empresa quanto a própria família.
A Fetranspar informou na nota que participou de uma reunião com a Secretaria Estadual de Segurança Pública do Paraná. Segundo a pasta, o Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BPRv) estará em condições de atender aos transportadores em caso de paralisação. Para a federação, que afirmou ter entrado em contato com fontes da inteligência da Polícia Militar, “não existem informações concretas quanto a uma possível paralisação dos caminhoneiros autônomos” na Região Metropolitana de Curitiba.
Entidades sindicais apoiam greve
O cenário nacional, porém, é de paralisação a partir de 1º de novembro. Uma nota assinada por diversas entidades sindicais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical e União Geral dos Trabalhadores (UGT), entre outras, afirma que “os caminhoneiros, através das suas organizações, têm atuado para viabilizar as demandas e propostas há muito apresentadas e que não tem obtido retorno por parte do governo federal”.
Essas entidades apoiam a greve dos caminhoneiros “em defesa de uma pauta de interesse da categoria, cujas repercussões são de interesse de toda a classe trabalhadora”. Segundo a nota, “a inflação anual” que “se expressa na alta dos preços da energia elétrica e dos combustíveis que são de responsabilidade do governo federal (...) já beira os 10%”. De acordo com as entidades, o governo federal “nada fez” para combater a alta nos preços dos combustíveis, com altas acumuladas em 74% na gasolina e 65% no diesel.
A greve nacional no dia 1º de novembro foi anunciada após uma assembleia realizada em 16 de outubro entre integrantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava).
Na ocasião, o diretor da CNTTL e presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga de Ijuí-RS, Carlos Alberto Litti Dahmer, afirmou que “os caminhoneiros passam por momentos de dificuldades nunca vistos e a situação tem piorado nestes últimos três anos de desgoverno de Bolsonaro”. Segundo o diretor, o presidente “teve o prazo de três anos para melhorar a vida do transportador autônomo e nada foi cumprido”.
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