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Ampliação do uso de tecnologia ajuda a reduzir as filas no SUS
| Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo

O uso de sistemas de informação é um artifício fundamental para a redução das filas no Sistema Único de Saúde. Seja para as consultas de especialidade, procedimentos eletivos ou para transplantes, o bom gerenciamento dos dados colabora para a diminuição do tempo de espera dos pacientes.

“[A questão das filas], é necessário que se estabeleça um critério de adequação do paciente que precisa de fato consultar um especialista. Numa análise grosseira da fila por especialidades hoje, veremos que cerca de 30% dos pacientes não terão benefício com a consulta de especialista. Esse tipo de paciente pode ser tratado sem nenhum prejuízo de qualidade na atenção primária”, comenta o superintendente de gestão de sistemas de saúde da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), Vinícius Filipak.

Neste sentido o sistema da secretaria de Saúde de Curitiba criou um serviço de telerregulação para os encaminhamentos a especialidade. “São médicos especialistas à disposição dos profissionais de atenção primária para, a partir da análise dos prontuários e de todas as informações disponíveis no sistema, orientar sobre a resolução de um caso específico, se há ou não a necessidade de encaminhamento. Com isso, hoje, 85% dos atendimentos estão sendo resolvidos na atenção primária”, explica Beatriz Battistella Nadas, superintendente executiva da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba.

Filipak ainda destaca o sistema de transplantes como um exemplo de um sistema de nível nacional bem organizado. “A gente tem acesso na base de dados do Ministério da Saúde, a relação de todos os pacientes que estão em fila, o tempo de espera e a gravidade de cada paciente. E, na medida em que surgem as doações, a gente consegue fazer os transplantes. O que precisa evoluir é a conscientização das pessoas para aumentar o número de doações”, diz.

“É um sistema que funciona, mas não é só pelo sistema informatizado, é pelo arranjo de todos os serviços: os captadores de órgãos, os serviços transplantadores, o registro dessas informações, a eficiência do transporte, a eficiência dos atendimentos de emergência, tudo isso dá o exemplo do sucesso desse sistema”.

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