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Governador do Paraná Ratinho Junior anuncia medidas restritivas contra Covid-19
O governador do Paraná, Ratinho Junior, durante anúncio da nova quarentena em julho.| Foto: Rodrigo Felix Leal/ AEN

O Governo do Paraná informou que as medidas restritivas constantes do decreto 4942/20, válidas para as regionais de Saúde de Londrina, Cascavel, Cornélio Procópio, Toledo, Cianorte, Litoral e Região Metropolitana de Curitiba perdem efeito a partir desta terça-feira (14). A decisão foi tomada por orientação da vigilância epidemiológica. As restrições para a 1ª Regional de Saúde, do Litoral, serão mantidas até o dia 21 de julho.

A decisão foi tomada no dia que o Paraná registrou seu recorde de mortes por Covid-19 em um único dia (57). Com 20 mortes, Curitiba também teve seu recorde diário de óbitos. Além disso, a capital paranaense chegou a 93% de ocupação de seus leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O número de casos, de mortes e de vagas nas UTIs foram os principais critérios do estado para decretar a quarentena.

Nem o Palácio Iguaçu, nem a Secretaria de Estado da Saúde explicaram os critérios epidemiológicos adotados para a não renovação do decreto, a única informação divulgada foi a nota informando a decisão.

Epidemiologista do Hospital de Clínicas de Curitiba, Montesanti Machado de Almeida comenta que o maior risco da não renovação do decreto é o estado ter adiado o pico da contaminação, sem tê-lo, de fato, diminuído. “Como o efeito das medidas no número de casos leva cerca de duas semanas para ser percebido e, no de óbitos, até quatro semanas. Devemos ter, nos próximos dias, uma estabilização e, até diminuição, como consequência das medidas agora revogadas. No final do mês, no entanto, os números podem voltar a crescer. Podemos estar, com a decisão de hoje, postergando o pico e criando a necessidade de uma nova intervenção em agosto”, diz.

“A cidade de Curitiba está trabalhando com uma margem de leitos muito curta. Isso que ampliou significativamente o número de leitos no último mês. Se houver aceleração do número de casos nas próximas semanas, o risco do colapso no sistema de saúde é iminente. Quando o sistema não dá mais conta da demanda, aumenta a letalidade da doença e, também, prejudica o atendimento a outras patologias, pela falta de leitos para pacientes que sofrem infarto, AVC ou outro problema de saúde”, cita o epidemiologista.

Em Curitiba, volta a valer regra da bandeira laranja

Assim que o governo do estado confirmou a não renovação do decreto da quarentena restritiva, a Prefeitura Municipal de Curitiba anunciou que o município passa a respeitar o regramento do Decreto Municipal 810/2020, que estabeleceu as condições de funcionamento do comércio e serviços na cidade com base na bandeira laranja da situação epidemiológica da cidade. “Essas medidas valem até a publicação de um novo decreto, o que deve acontecer ainda esta semana com o objetivo de atualizar o conteúdo legal frente ao cenário da pandemia de covid-19 na cidade”, comunicou, em nota, a prefeitura. Assim, na capital, o comércio poderá voltar à funcionar das 10h às 17h e os shoppings das 12h às 20h de segunda à sexta-feira. Academias, clubes esportivos, parques públicos, igrejas e templos religiosos (para missas e cultos) seguem fechados.

Londrina e Foz do Iguaçu, que vinham seguindo o decreto da quarentena, também anunciaram a reabertura do comércio e de serviços considerados não essenciais. Cascavel anunciou um novo decreto municipal permitindo a reabertura, até, de casas de festas, para eventos com até 100 pessoas e por, no máximo, três horas. Esse tipo de estabelecimento está fechado desde março em todo o estado.

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