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Grupo rezou o terço em frente à Igreja de Nossa Senhora do Rosário, no Largo da Ordem.
Grupo rezou o terço em frente à Igreja de Nossa Senhora do Rosário, no Largo da Ordem.| Foto: Divulgação / IPCO

Um grupo de católicos realizou um ato de desagravo à invasão da Igreja de Nossa Senhora do Rosário na tarde desta terça-feira (8) em Curitiba. O movimento foi organizado pelo Instituto Plínio Corrêa de Oliveira (IPCO) - grupo sediado em São Paulo, mas com representação local na capital paranaense - e levou cerca de 60 pessoas para rezarem o terço no Largo da Ordem, em frente à igreja invadida pelo grupo liderado pelo vereador Renato Freitas (PT) no último sábado (5).

Frederico Viotti, membro do instituto, reforçou a importância do ato de desagravo. “A esquerda usa muito desses ataques à religião católica como atos simbólicos. Eles começaram a acusar a Igreja Católica de ser fascista, e outras coisas além. Se nós não reagirmos agora em relação a isso, pode ser que aconteça por aqui algo semelhante ao que aconteceu no Chile, onde igrejas católicas foram queimadas por atos de vândalos, que em nome da esquerda e dos princípios que eles defendem queriam queimar simplesmente o que representa o oposto das ideias deles”, apontou.

Viotti também defendeu uma mudança de entendimento sobre as leis que garantem o direito à liberdade religiosa. De acordo com ele, os ataques feitos contra igrejas e instituições católicas não recebem o mesmo tratamento daqueles feitos contra outras denominações religiosas. “Queremos uma legislação mais eficaz de proteção à fé cristã. Se um grupo de protestantes, por exemplo, invadisse um local de culto de alguma religião de matriz africana seria prontamente acusado de racismo. Mas quando essas blasfêmias acontecem contra a religião católica, a Justiça tem considerado esses ataques como liberdade de expressão. A Igreja Católica é a única que não tem mais proteção do Estado no Brasil. As demais vão tendo essa proteção, não pela questão religiosa, mas pelo viés do racismo”, declarou.

A invasão liderada pelo vereador Renato Freitas (PT) gerou uma onda de manifestações contrárias - no Paraná e em todo o Brasil - por parte de políticos, entidades civis, religiosas e até mesmo de movimentos de esquerda. Além de notas de repúdio, houve também pedidos de cassação do mandato do vereador e de responsabilização criminal dos envolvidos na ação.

Na ocasião, dezenas de manifestantes, com bandeiras do PT e do PCB, invadiram a igreja gritando palavras como “racistas” e “fascistas” antes e durante a invasão. O ato havia sido organizado como protesto contra o racismo em razão do assassinato do congolês Moïse Mugenyi, ocorrido no Rio de Janeiro.

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