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A jovem com Down que quer ser professora e outras histórias inspiradoras
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Na correria típica de final de ano, com compras e conclusão de projetos, as boas notícias que também marcam esse período podem ter passado despercebidas. Mas a gente preparou um resumo de histórias capazes de mostrar que nem tudo vai mal. Neste Natal, aproveite para conferir alguns relatos que renovam a esperando em tempos melhores.

Jovem com Down quer realizar o sonho de ser professora

Aos 18 anos, Maryan Pereira Putrique está no Curso de Formação de Docentes, ofertado no Colégio Estadual Benedicto João Cordeiro, em Curitiba. Vinda de uma família de professores, ela conta que sempre quis seguir a profissão. A Síndrome de Down nunca foi um empecilho para a jovem, que tem o apoio dos parentes, de amigos e da escola.

Pedagoga da instituição, Sandra Eliza Bianchi não esconde que, apesar de muito feliz, ficou apreensiva quando soube que a escola receberia uma estudante com Síndrome de Down. A chegada da jovem ao colégio mexeu com a rotina dos professores, que precisaram repensar e reorganizar sua forma de ensinar. Sandra explica, por exemplo, que as avaliações são adaptadas para a jovem. Muitas vezes, por meio de uma conversa mais informal, o professor consegue trabalhar o conteúdo com a estudante. Em outros momentos, são utilizadas músicas ou imagens – ela adora desenhar, inclusive.

Atualmente, Maryan faz estágio na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Ela ensaiou com as crianças da Escola de Estimulação e Desenvolvimento (Cedae), ligada a Apae, uma adaptação de “João e Maria” encenada no fim do mês de novembro. Na peça, interpretou a madrasta dos protagonistas. “Trabalhando com crianças especiais, eu lembro de mim. Eu tinha muitos amigos especiais também, brincava com eles. Agora, lembro dos amigos que eu tinha. Parece um sonho”.

Milhares de padrinhos

Pelo nono ano consecutivo, empregados da Sanepar participaram da campanha social Papai Noel dos Correios, apadrinhando 937 crianças. A entrega dos presentes arrecadados em Curitiba e Região Metropolitana aconteceu no dia 12, na sede da empresa, na Capital.

Os pacotes seguiram para distribuição nominal entre os alunos de 1 a 5 anos de sete Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) da de Curitiba – Caramuru, Laura Gonçalves dos Santos, Santa Rita, Senador Affonso Alves de Camargo Netto, Vera Cruz II, Vila Formosa, Vila Formosa e Vila Torres.

Também no interior há ações semelhantes. O grupo de voluntariado Esquadrão Azul, de Telêmaco Borba, vendeu pizzas desde novembro para arrecadar fundos para o Natal Encantado do Centro de Convivência da Criança. Em Ponta Grossa, além do atendimento às cartinhas, os empregados se mobilizaram na arrecadação de brinquedos e doces para distribuição no Jardim Ibirapuera.

Uma gincana solidária angariou, pelo segundo ano seguido, donativos para instituições filantrópicas de Guarapuava como o Albergue Noturno, a Comunidade Bethânia, o Serviço de Obras Sociais Asilo Airton Haenisch e o Instituto Amanhecer Sem Fome. Em União da Vitória, desde 2011 os colaboradores da empresa tradicionalmente realizam o Natal dos Idosos, envolvendo comunidade, vizinhos e instituições parceiras para presentear cerca de 120 pessoas, entre idosos e colaboradores dos asilos.

Alunas premiadas em projeto nacional de cinema

O registro do cotidiano de uma catadora de materiais recicláveis de Curitiba rendeu a alunas do Colégio Estadual Lamenha Lins, também na capital, um reconhecimento mais do que especial. Elas venceram o prêmio principal da 4ª Edição do Festival Nacional Cineastas 360º, promovido pelo Facebook em parceria com a Recode, organização social que promove o empoderamento digital.

O projeto envolve estudantes de escolas públicas de todas as regiões do País. A exigência é que o filme seja produzido com a tecnologia da filmagem em 360 graus e contemple os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). Quando soube da iniciativa, Maria Eduarda Lopes de Almeida, estudante da 1ª do Curso Técnico em Recursos Humanos integrado ao Ensino Médio, não teve dúvidas de que queria agarrar a oportunidade. Ela convenceu as amigas Ana Flavia Belinski Bonaccorsi e Geovana Marques Machado e juntas produziram o documentário “Nina - A Vida na Comunidade”.

O filme conta a história de Antonina Pavelak, mais conhecida como Nina, senhora de 68 anos que há décadas trabalha com a coleta de materiais recicláveis. Ela vive no Parolin, bairro de Curitiba onde Maria Eduarda também mora. A jovem diz que já conhecia a protagonista e também a rotina de quem trabalha com recicláveis, mas queria mostrar essa realidade a mais pessoas. O documentário pode ser conferido na página oficial do Cineastas 360° no Facebook.

Primeiro transplante de pulmão

Um pedreiro de 57 anos da Lapa, na região metropolitana de Curitiba, é o primeiro paciente do Paraná a passar por um transplante de pulmão. A cirurgia, que durou 5h30, foi realizada de terça (17) para quarta-feira (18) no Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, também na grande Curitiba.

Reinaldo Ferreira de Goes era um dos dez pacientes na fila de espera pelo transplante no estado. Ele sofria de enfisema pulmonar, que o impossibilitou de trabalhar nos dois últimos anos. Após o transplante, o pedreiro se recupera bem na UTI do hospital e já respira sem ajuda de aparelhos.

Unioeste desenvolve aplicativo para mapear dengue

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Pesquisadores do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas (CCET) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) desenvolveram o Sigaedes, aplicativo para dispositivos móveis que identifica e oferece soluções para infestação, controle e combate vetorial do Aedes aegypti e Aedes albopictus.

A ferramenta auxilia prefeituras a organizar ações de enfrentamento de problemas causados pela transmissão de doenças como dengue, chikungunya e zika. O aplicativo integra o Projeto Aedes, que ainda engloba metodologia e um software capaz de realizar pesquisa populacional, residencial ou empresarial, relativa ao indivíduo, local, tempo e outros fatores.

A professora do CCET e orientadora do projeto, Claudia Rizzi, explica que os estudos iniciaram em 2008, e que para materializar a proposta foram elaboradas soluções por meio de subprojetos de informação e dados para o auxílio no combate às doenças, além de registo e acompanhamento de indivíduos infectados.

Os dados coletados em campo e disponibilizados no software são utilizados como testes em amostras reais e, no último ano, houve avanços no encaminhamento de dados do software para o servidor. O software é integrado a diferentes metodologias prescritas pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial de Saúde. Essa solução computacional permite resultados rápidos e eficazes à gestão e acompanhamento de ações para controle e combate aos mosquitos transmissores das doenças.

Livros doados para remição de pena

Para incentivar a leitura nos presídios, o que reduz a pena dos detentos no Paraná, o Serviço Social do Comércio (Sesc) doou livros ao Departamento Penitenciário (Depen). Entre as obras há clássicos da literatura brasileira. Também foram doados livros infantis para a Creche Cantinho Feliz, da Penitenciária Feminina do Paraná, em Piraquara – região metropolitana de Curitiba.

A doação dos livros do Sesc vai reforçar o Programa de Leitura do Depen. Desde 2012, detentos do estado podem diminuir suas penas apresentando redações sobre os livros que leem. A lei estadual 17.329/12 permite a remição de quatro dias para os presos que tirarem nota acima de 6 pontos nas redações sobre obras literárias. O preso tem de 21 a 30 dias para ler o livro emprestado em uma das bibliotecas carcerárias e produzir a redações.

Aluno cria sistema de alerta de enchentes

Após presenciar por diversas vezes a água do Rio Barigui inundar sua casa e a de vizinhos, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), depois de fortes chuvas, o estudante Raul Guedes Carlessi desenvolveu, com o colega João Vitor Mello, um sistema que avisa moradores quando o nível dos rios aumenta.

E foi essa boa ideia que levou Raul, estudante de 16 anos do Colégio Estadual Arlindo Carvalho de Amorim, também na capital paranaense, a passar por uma imersão naquela que é considerada uma das melhores universidades do mundo, Harvard, nos Estados Unidos. Como a universidade disponibilizou uma única vaga, apenas Raul pôde participar do projeto nos EUA.

Batizado de Inun, o projeto foi considerado um dos cinco mais inovadores entre os inscritos para participar do programa da instituição americana. O objetivo do sistema é alertar, com dias de antecedência, as pessoas que moram próximas a rios a respeito da possibilidade de enchentes no local para que elas possam se preparar. É preciso instalar canos com sensores nas margens dos rios. À medida que a água sobe, um aviso é disparado às pessoas cadastradas, via SMS ou mensagem pelo WhatsApp.

Essa não foi a primeira vez que Raul teve a oportunidade de viajar para o Exterior por conta de um projeto desenvolvido com o objetivo de ajudar a comunidade. Em 2018, junto dos colegas Marcos Mateus Garrido e Jenifer Jekta, ele viajou aos EUA a convite da Nasa. É que um ano antes, os estudantes tiveram um projeto classificado entre os cinco melhores do mundo na competição tecnológica Space Apps Challenge, promovida pela agência especial norte-americana.

O projeto em questão era o Radio Juno, dispositivo que utilizava dados captados por um satélite da Nasa e transmitia as coordenadas de focos de incêndios e queimadas em tempo real, transformando os dados digitais em analógicos, de forma que podiam ser enviados para emissoras AM.

Olhar sensível de estagiária dá origem a mostra fotográfica

| Maringas Maciel

O olhar sensível de Alessandra Rocio de Andrade, aluna da Apae e estagiária de Educação Especial no Centro Juvenil de Artes (CJA) e no Museu Casa Alfredo Andersen (MCAA), de 2014 a 2019, deu origem à exposição fotográfica que leva seu nome. A mostra reúne imagens capturadas por Alessandra no primeiro semestre deste ano, quando participou da Oficina de Fotografia ministrada pelo fotógrafo Aurélio Peluso.

Alessandra descobriu, enquanto ainda fazia as aulas de fotografia, um câncer de mama e está em tratamento. O vínculo com o Centro Juvenil veio por meio do contrato de estágio com uma unidade da Apae, onde é aluna. Após o término do tratamento, Alessandra deseja retornar com suas atividades na instituição, que considera um segundo lar.

Serviço

  • De 22 de novembro de 2019 até 29 de fevereiro de 2020
  • Entrada gratuita
  • Centro Juvenil de Artes
  • Rua Mateus Leme, 56, São Francisco - Curitiba
  • Visitação de segunda a sexta-feira das 8h30 às 11h30 e das 14h às 17h.
  • www.cjap.seec.pr.gov.br
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