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Primeiro hotel Hard Rock do país mostra o potencial das águas do Paraná
| Foto: Divulgação

Entre o planalto e o mar, há uma infinidade de mundos, sotaques e experiências a ser explorada pelo turismo no Paraná. E uma das atividades com maior potencial no estado, segundo os especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo, é o turismo náutico, realizado com embarcações em rios, mares e lagos.

“Pouca gente percebe que o Paraná é praticamente uma ilha”, afirma Rafael Andreguetto, diretor técnico da Paraná Turismo. Uma olhada no mapa do estado confirma a teoria: o mar e a baía de Paranaguá ficam a leste; o rio Paraná e o lago de Itaipu, a oeste; ao norte, o rio Paranapanema faz divisa com São Paulo com corredeiras e reservatórios; e, ao sul, o rio Iguaçu atravessa o estado. Isso sem falar nos rios que cortam os três planaltos: o Ivaí, o Tibagi, o Piquiri, entre outros.

Nesses locais, há um potencial turístico ainda inexplorado. O Paraná tem a segunda maior frota náutica do país – à frente de estados como Rio de Janeiro e Bahia. As embarcações já existem, destaca Andreguetto; agora, só falta aproveitá-las para carregar turistas em cruzeiros, raftings, navegação em represas, pesca e mergulho, por exemplo.

Não por acaso, um dos principais investimentos recentes no turismo do estado é numa ilha no meio da represa da usina Capivara, no norte do estado: é lá que será o primeiro hotel Hard Rock do país, na pequena cidade de Sertaneja, que tem pouco menos de 6 mil habitantes.

“Tem gente que até hoje não acredita, para você ter uma ideia”, diz o prefeito de Sertaneja, Jamison Donizete da Silva (PSD). O investimento de aproximadamente R$ 100 milhões parece mesmo história de pescador. Nem o padre da cidade, que vive no local há quase 30 anos, sabia da existência de uma ilha no meio da represa, um cenário perfeito para um resort de luxo com foco no turista nacional e internacional.

O hotel já está em construção, e será inaugurado até 2021. O investimento deve gerar cerca de 500 empregos diretos, mas já começa a fomentar outros negócios. Hotéis, pousadas e restaurantes, além de uma marina pública, estão sendo projetados por toda a região.

“O turismo é uma indústria sem chaminé”, comenta o prefeito. Para ele, a atividade tem o potencial de mudar a história da região, revertendo a tendência de encolhimento de pequenos municípios pelo interior.

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