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Cascavel, no Oeste do Paraná, recebeu nesta quarta-feira (23) a comitiva do governo federal que está no Estado para uma série de visitas técnicas a fim de avaliar o projeto da Nova Ferroeste. Em encontro com cooperativistas, foi abordado o desempenho da linha férrea já existente (a Ferroeste) e o impacto que a nova ferrovia terá sobre a competitividade do setor produtivo da região. Foto: Alessandro Vieira/AEN
Cascavel, no Oeste do Paraná, recebeu nesta quarta-feira (23) a comitiva do governo federal que está no Estado para uma série de visitas técnicas a fim de avaliar o projeto da Nova Ferroeste. Em encontro com cooperativistas, foi abordado o desempenho da linha férrea já existente (a Ferroeste) e o impacto que a nova ferrovia […]| Foto: Alessandro Vieira/AEN

O Ibama aprovou o Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) da Nova Ferroeste, executado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União da última sexta-feira (21).

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“É uma etapa fundamental. É o reconhecimento da integridade dos trabalhos realizados”, destaca Luiz Henrique Fagundes, coordenador do Plano Estadual Ferroviário. Segundo ele, o "aceite" do Ibama permite a abertura das audiências públicas, que devem começar em breve.

Uma cópia do Relatório de Impacto Ambiental, com 129 páginas e o link para o acesso digital do EIA, foi enviada para as prefeituras dos 49 municípios (8 do Mato Grosso do Sul e 41 do Paraná) impactados pelo traçado da futura estrada de ferro.

A Nova Ferroeste vai ligar Maracaju (MS) a Paranaguá (PR). Serão 1.304 quilômetros de trilhos. Desse total, apenas o trecho que liga Cascavel a Guarapuava, com 248 quilômetros, já está pronto. Todos os demais serão construídos. Os quatro ramais ferroviários previstos (Cascavel - Foz do Iguaçu, Cascavel – Chapecó, Dourados – Maracaju e Guarapuava - Paranaguá) já foram autorizados em dezembro pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Quando concluída, a ferrovia deve transportar no primeiro ano 38 milhões de toneladas de produtos. Depois de seis décadas, o volume chegaria a 85 milhões de toneladas/ano. O custo do transporte deve ser reduzido em 30% em comparação ao modal rodoviário, que prevalece hoje.

O investimento total previsto é de R$ 29,4 bilhões. O projeto já vem sendo apresentado a investidores nacionais e internacionais. O leilão para a concessão está previsto para o segundo trimestre desse ano, na Bolsa de Valores do Brasil (B3), em São Paulo.

A empresa ou consórcio vencedor vai construir a ferrovia e explorar o trecho por 70 anos. Depois do leilão, serão dois anos para o desenvolvimento do projeto para só depois iniciar a construção, que deve levar cerca de 10 anos. Ou seja, a Nova Ferroeste deve ficar pronta em 2034.

A expectativa agora é pela aprovação do Estudo de Impacto Ambiental pelo Ibama, prevista para acontecer até abril.  “Ter a aprovação antes do leilão é importante, pois agrega segurança jurídica para o empreendimento, o que é importante para atrair investidores”, diz o coordenador do Plano Estadual Ferroviário.

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