Com o objetivo de mapear a pandemia do coronavírus na região Sul do Brasil, e assim fornecer dados importantes para serem usados no combate à doença, Ariadne Farias, docente e pesquisadora do ISAE Escola de Negócios, uniu esforços a favor da ciência. A “Força-Tarefa CoronaRisco”, feita em parceria com pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), utiliza um software que elabora um mapa didático sobre as localidades afetadas pela doença, contabilizando casos e óbitos. Dados podem ser utilizados cientificamente na prevenção e como fonte de estudo para estratégias públicas de enfrentamento.
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A iniciativa de elaborar os mapas para o estudo da Covid-19 surgiu do Grupo de Pesquisa Georisco, da UFRN, coordenado pelo professor Lutiane Almeida. Após a ação virar referência como fonte de pesquisa na Região Nordeste, a professora Ariadne decidiu trazer o modelo para a região Sul. Para a elaboração do material, além de contar com o conhecimento do precursor do projeto, ela tem o auxílio da pesquisadora e mestranda da UFPR Nayana Machado.
Um dos mapas de georisco, por exemplo, sobre a região metropolitana de Curitiba, mostra que no dia 25 de abril os municípios de maior incidência do coronavírus eram, pela ordem, Curitiba, Pinhais, São José dos Pinhais e Campo Largo. Em contrapartida, Campina Grande do Sul, Agudos do Sul, Quitandinha e Contenda não tinham, até aquela data, nenhum registro da doença.
Ariadne explica que o material pode ser usado como fonte segura para traçar comparativos sobre o avanço da Covid-19, além de possibilitar que as autoridades se antecipem quanto aos impactos da doença nos municípios.
“Atualizamos os dados a partir dos boletins oficiais das secretarias de saúde. Com as informações no mapa, é possível que órgãos competentes entendam a propagação vírus. Conseguimos mostrar, por exemplo, como a falta de isolamento social tem aumentado os números de caos em localidades com maior densidade demográfica”, detalhou.
A pesquisadora acredita que as autoridades podem, por meio da base de dados, pensar em várias medidas de gestão pública, como estabelecer as áreas prioritárias de ação, traçar a aplicação do orçamento nas unidades básicas de saúde, determinar localidades com necessidade de isolamento, enfim, minimizar o risco de contágio.
O mapa é feito a partir do Sistema de Informação Geográfica (SIG), um software. A divulgação dos resultados é semanal e, de acordo com a professora, a base de dados é diferenciada por ser de fácil entendimento.
“As pessoas conseguem visualizar os riscos nos mapas de forma didática. A cor vermelha é um alerta psicológico. Nossos esforços colaborativos são para comunicar a população do risco de contaminação, para que assim as autoridades tomem as medidas possíveis para mitigar os impactos. Queremos evitar que o desastre ocorra”, finalizou.
Os mapas estão disponíveis no site: www.grupodepesquisageorisco.blogspot.com/p/forca-tarefa-covid-19.html
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