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A vida nos condomínios tem exigido mais paciência durante a pandemia.| Foto: Gabriel Rosa/Arquivo/Gazeta do Povo

Com o isolamento social para conter o novo coronavírus, o número de reclamações nos condomínios, as famosas tretas de vizinhos, aumentaram 50% em Curitiba, de acordo com o Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secov-PR).

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Trabalho extra para os síndicos, que de um mês para o outro viram explodir o número de divergências entre os moradores. “Temos um grupo de síndicos para trocar informações e todos relataram um grande aumento de reclamações”, reforça a coordenadora do Secovi, Siomara Kaltowski.

Uma das principais reclamações nos prédios é em relação ao volume do som nos shows que cantores e bandas estão transmitindo nas redes sociais durante a pandemia, como Gustavvo Lima e as duplas Bruno e Marrone, Jorge e Mateus, entre outros.

Além disso, moradores que se arriscam a cantar nas sacadas dos prédios ou nas janelas também viraram motivo de incômodo. “Na semana que começaram as lives, as pessoas resolveram fazer serenata no meu condomínio e isso gerou muita reclamação”, explica Siomara, que é síndica do prédio em que mora com 640 apartamentos.

Entretanto, duas questões se destacam nas tensões entre os condôminos. O barulho gerado pelas pessoas que estão tendo que trabalhar em casa e a ansiedade das crianças, que estão com as aulas suspensas. “Na primeira semana sem aulas, estava tranquilo. Mas depois fica mais difícil para os pais acalmarem as crianças.Também tem o fato de muitas pessoas estarem transmitindo videoaulas de casa, como professores de academia e artes marciais. São vários motivos de reclamações, mas é preciso que os moradores tenham bom senso”, alerta a diretora do Secovi.

Reclamações exageradas

Além dos moradores mais esquentados, há também aqueles que exageram nas reclamações. A representante do Secovi explica que muitas vezes a percepção do barulho é maior porque agora as pessoas passam mais tempo no seu apartamento. “Tem morador que nunca escutava nada no andar de cima porque o vizinho sempre estava fora de casa, só que agora passou a escutar. É preciso ter bom senso. Mas também os condôminos devem entender que as regras não mudaram. É aquele ditado: o seu direito vai até onde começa o do outro”, enfatiza.

Procedimento padrão

A coordenadora do Secovi explica que o ideal é o síndico sempre tentar dialogar com os moradores envolvidos. Porém, caso não haja resultado, o síndico deve formalizar uma advertência por escrito ao baderneiro. Só depois desse processo deve-se aplicar a multa. “Em casos mais graves, é preciso ver se a reclamação é de mais de uma pessoa. Porque às vezes, só um morador está reclamando de uma situação em que pode ser exagerada”, ressalta.

Cada condomínio possui o seu regulamento, mas algumas regras valem para a maioria dos casos. No período das 22 h às 9 h o barulho deve ser reduzido. Já no caso de obras, em edifícios residenciais o ruído deve se limitar das 8 h às 18 h.

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