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Análise de teste rápido por pesquisador de Maringá
Análise de teste rápido por pesquisador de Maringá| Foto: Aldemir de Moraes / PMM

A prefeitura de Maringá, em parceria com a Universidade Estadual de Maringá (UEM), Uningá e Unicesumar, utilizou uma remessa de testes rápidos fornecida pela Secretaria de Estado da Saúde para pesquisar a incidência do novo coronavírus em bairros da cidade. Ao final da terceira de quatro etapas da pesquisa, o coordenador do Laboratório de Virologia Clínica da UEM,  Denis Bertolini, aponta que o número de casos de Covid-19 na cidade pode ser até sete vezes maior que os oficialmente registrados pelo município (1219 até esta terça-feira, 23).

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“Na primeira etapa foram aplicados 193 testes rápidos e nenhum resultado positivo. Na segunda etapa foram aplicados 253 testes rápidos com três resultados positivo e, na terceira etapa, mais quatro resultados positivos (em 247 testes). Como ainda falta uma etapa que será realizada no próximo dia 01/07, podemos estimar, e não afirmar, por análises estatísticas que para cada indivíduo diagnosticado como positivo em Maringá, outros 6,7 indivíduos que estariam com a doença não fizeram o diagnóstico e não saberiam que estariam infectados”, disse o coordenador da pesquisa. A projeção leva em conta o número absoluto de testes positivos e o crescimento dos resultados positivos nas sucessivas etapas da pesquisa. Considerando o resultado da última etapa o estudo indica que 1,6% da população da cidade pode ter se contaminado.

As quatro etapas do teste são realizadas em intervalo de 15 dias, em residências de bairros apontados por um estudo de georreferenciamento das universidades. “Os testes são aplicados em residências que foram escolhidas aleatoriamente por um software de computador onde várias variáveis são analisadas para a escolha da residência. Uma residência escolhida não entra mais nas etapas subsequentes. Além de aplicarmos o teste rápido paralelamente é aplicado um questionário sócio-epidemiológico para avaliar algumas características e comportamentos da população frente à pandemia”, explica o professor.

Em nota, a prefeitura de Maringá cita que a pesquisa confirma prognóstico da Secretaria Municipal de Saúde de crescimento do número de casos na cidade e que o resultado final do levantamento poderá indicar novas políticas a serem adotadas pelo município. “A curva de positividade está em ascensão, de fato. A taxa de transmissão (Rt) na cidade está em 1,7, quando o ideal deveria ser abaixo de 1. A projeção de casos possíveis, baseada em pesquisa de campo, é compatível com uma verdade da pandemia em escala global, ou seja, a estimativa, ainda que guardando as peculiaridades locais, indica riscos potenciais”, diz a nota. “O cenário, desde o primeiro caso, em 18 de março, exige constante reorganização da estratégia, e isso tem sido feito. O cenário de disseminação do vírus e suas consequências, como taxas de internação (UTI e enfermaria), mantém ativos diversos protocolos, essencialmente aqueles de acompanhamento técnico feito pela Secretaria de Saúde em parceria com instituições de ensino superior públicas e privadas. Não se descartam medidas mais rigorosas a qualquer momento, não exatamente nesse instante”, conclui.

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