Encerrou-se na noite de quarta-feira (4) a Consulta Pública sobre a implantação do modelo Cívico-Militar em 216 escolas do Paraná. Do total de colégios consultados, 186 aprovaram o novo modelo, 25 optaram por manter o perfil tradicional e em cinco escolas o quórum para aprovação não foi alcançado (50% mais um). Foram mais de 74 mil participantes das comunidades escolares, dentre pais e responsáveis dos alunos, professores e funcionários das escolas, além de estudantes a partir de 18 anos.
As principais notícias do Paraná em seu WhatsApp
Do total de votos, 55.443 foram favoráveis ao novo modelo. Nos colégios em que a comunidade escolar decidiu pela migração, será necessária ainda a aprovação dos requisitos pela Secretaria da Educação (Seed) antes da estreia do novo modelo, que deve acontecer em fevereiro de 2021, na retomada do calendário escolar.
Segundo a Seed, participaram da consulta colégios em regiões com alto índice de vulnerabilidade social, baixos índices de fluxo e rendimento escolar, conforme a legislação aprovada pela Assembleia Legislativa. O processo é contestado judicialmente pela APP-Sindicato, que representa professores e funcionários da rede pública, e alegou que não foram cumpridos prazos mínimos para a consulta, além de afirmar que alguns colégios não cumpririam os requisitos para aderir ao programa. Um grupo liderado pelo sindicato chegou a invadir o prédio da Secretaria de Educação, em Curitiba, para protestar contra o programa. O Ministério Público do Paraná também pediu a suspensão da consulta, alegando falta de obediência a prazos e processos.
O Programa dos Colégios Cívico-Militares do Paraná é maior do país, com investimento de cerca de R$ 80 milhões e previsão de envolver 129 mil alunos.
Pela modelo cívico-militar, a direção-geral e a direção-auxiliar, bem como a aplicação das aulas, permanecem sendo de responsabilidade dos professores da rede estadual. A novidade é a presença de um diretor cívico-militar, subordinado ao diretor-geral da instituição, que será responsável pela infraestrutura, patrimônio, finanças, segurança, disciplina e atividades cívico-militares. A depender do tamanho da escola, haverá também de dois a quatro monitores militares.
A nova modalidade de ensino será aplicada em escolas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e no Ensino Médio. Os colégios vão contar com aulas adicionais de Português, Matemática e Civismo. A intenção é aprofundar o estudo sobre leis, Constituição Federal, papel dos três poderes, ética, respeito e cidadania. No Ensino Médio, haverá ainda a inclusão da disciplina de Educação Financeira.
O processo de inscrição para diretor-geral dos colégios cívico-militares destinado aos profissionais da Educação está aberto. O edital pode ser acessado em http://www.educacao.pr.gov.br/credenciamento_diretores.
-
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
-
Relatório americano divulga censura e escancara caso do Brasil ao mundo
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast
Reintegrado após afastamento, juiz da Lava Jato é alvo de nova denúncia no CNJ
Decisão de Moraes derrubou contas de deputado por banner de palestra com ministros do STF
Petrobras retoma fábrica de fertilizantes no Paraná
Alep aprova acordos para membros do MP que cometerem infrações de “menor gravidade”
Deixe sua opinião