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Abatedouro de aves Unitá, das cooperativas Copacol, Cooperflora e Coagru
Abatedouro de aves Unitá, das cooperativas Copacol, Cooperflora e Coagru| Foto: Geraldo Bubniak/ANPR

Para atenuar os prejuízos que a pandemia do novo coronavírus provoca no Paraná, cooperativas do estado pretendem injetar cerca de R$ 1,7 bilhão na economia nos próximos meses. O valor viria de créditos que o setor tem com o estado, referentes ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

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O investimento poderia reduzir o impacto negativo da pandemia, gerando empregos e renda, na avaliação do presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), José Roberto Ricken, que aponta que o cooperativismo responde por cerca de 60% do PIB agropecuário do estado.

Quando uma empresa exporta, o valor referente ao ICMS, que vai sendo recolhido ao longo da cadeia de produção, não volta ao caixa do exportador. Em vez disso, a companhia acumula créditos, que podem ser utilizados na aquisição de bens e em obras de construção civil para expansão de empreendimentos, por exemplo. A transferência de créditos de ICMS também ocorre em outras situações, como na venda de cestas básicas, que tem diferimento de imposto na cadeia.

Até o momento, a possibilidade de reverter os créditos de R$ 1,7 bilhão é apenas uma intenção, mas que já vem sendo discutida com o governo estadual. “Sabemos que o estado não tem condições de honrar todo o crédito”, diz Ricken. A ideia do presidente da Ocepar é que recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) permitam prolongar o processo de investimento.

“Estamos prontos para, com o governo, identificar as áreas de maior relevância, as que são essenciais para a retomada da economia no momento em que essa situação se altere”, afirma.

O cooperativismo no Paraná foi uma das poucas áreas que não foram afetadas economicamente pela pandemia do coronavírus, uma vez que o processo de produção inviabiliza uma quarentena. No setor avícola, por exemplo, são abatidas diariamente 2,5 milhões de aves, que ficam alojadas por 40 dias. “Não tem como parar; deixar de alimentar os animais”, explica Ricken. “Além disso, o setor precisa continuar trabalhando, e com grande intensidade, para garantir o abastecimento.”

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