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Computadores, celulares e documentos foram apreendidos na sede da secretaria municipal, em Guaratuba.
Computadores, celulares e documentos foram apreendidos na sede da secretaria municipal, em Guaratuba.| Foto: Divulgação / PF

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (30) uma operação para investigar a denúncia de que servidores públicos da Prefeitura de Guaratuba teriam recebido o auxílio emergencial de maneira indevida. Na ação, batizada de Operação Mal Estar, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em imóveis ligados aos suspeitos em Curitiba e na sede da Secretaria Municipal do Bem Estar e Promoção Social, na prefeitura de Guaratuba.

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A PF confirmou à Gazeta do Povo que recebeu uma denúncia anônima feita por uma funcionária da Prefeitura de Guaratuba. Na denúncia havia a informação de que servidores públicos teriam se cadastrado indevidamente no sistema da Caixa Econômica Federal para o recebimento do auxílio emergencial. De acordo com a lei que instituiu o benefício, nenhum agente público, inclusive os temporários e comissionados, poderia receber qualquer pagamento desse tipo.

Segundo a polícia, inicialmente apenas uma servidora seria investigada na Operação Mal Estar. Porém, conforme foram sendo realizadas as apreensões de documentos, computadores e celulares, outros servidores também entraram na mira das investigações. Caso seja confirmada a ilegalidade nos cadastros e no recebimento dos valores do auxílio emergencial, os servidores além de terem que devolver o dinheiro aos cofres públicos ainda estão sujeitos a sanções que incluem a prisão por fraude.

A reportagem procurou a Prefeitura de Guaratuba, mas não obteve retorno. Em nota, publicada em seu site oficial, o Município informa que “não teve acesso aos autos que originaram a medida de busca e apreensão, porque estão sob segredo de justiça”. Na sequência, a nota “lamenta e repudia veementemente que, num momento em que todos deveriam estar unidos e focados no combate à pandemia, haja pessoas determinadas em atacar a administração municipal”.

Por fim, o texto publicado no site da Prefeitura de Guaratuba informa que esses supostos “ataques” à administração municipal foram feitos “para desacreditar as medidas de transparência, moralidade e compromisso com a saúde pública que vem sendo tomadas ao longo dos últimos dias”. O Município, afirma a nota, “reitera a sua mais absoluta confiança na Secretária Municipal do Bem Estar e Promoção Social e sua equipe”.

A secretária em questão, confirmada pela nota da Prefeitura de Guaratuba como uma das pessoas investigadas na operação da PF, é a psicóloga Lourdes Monteiro. O nome de Lourdes também apareceu nas denúncias feitas pela Gazeta do Povo na série de reportagens “Diários Secretos”, e sua atuação na Assembleia Legislativa do Paraná é confirmada pelo site da Prefeitura de Guaratuba. A reportagem tenta contato com ela.

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