É como se 1.572 caminhões-caçamba emergissem do mar carregados de pedra brita. A detonação de parte da Pedra da Palangana, no canal de acesso ao Porto de Paranaguá, que começou em setembro, vai gerar mais de 22 mil metros cúbicos de rochas. A maior parte do material seguirá do leito do mar para o leito das ruas, em programas de pavimentação dos municípios litorâneos.
Garanta as principais notícias do PR em seu celular
Ao longo de oito meses, serão retirados cerca de 12% do complexo rochoso localizado no principal acesso ao terminal portuário, o Canal da Galheta, e cada cidade receberá aproximadamente 3 mil metros cúbicos de pedras. Entre as contempladas, estão Pontal do Paraná, Morretes, Paranaguá, Matinhos, Guaratuba, Guaraqueçaba e Antonina.
Cada prefeitura fará a retirada e o transporte do material, com exceção de Guaraqueçaba, que receberá apoio logístico do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), mas ainda sem previsão de quando isso ocorrerá. “Estamos negociando a retirada e avaliando a viabilidade, visto que, se tivermos que locar maquinário para buscar, o custo ficará muito alto”, afirma o secretário municipal de Planejamento e Contratos, Douglas Colombes Costa. O material será aplicado nas ruas não pavimentadas da cidade.
A prefeitura de Pontal do Paraná informou que ainda não recebeu as rochas e que está aguardando um chamado para buscá-las. Foram solicitados mais de 6 mil metros cúbicos, mas a cidade ainda não sabe se será contemplada com a quantidade solicitada.
Prefeituras já fazem licitações para coleta das pedras do canal da Galheta
Já a prefeitura de Morretes afirma que fez o pedido e tem até dezembro para retirar. No momento, há uma licitação de caminhões para coletar as pedras, que serão utilizadas nos quase 600 km de estradas rurais do município, atendendo a cerca de 20% da demanda. De acordo com a Secretaria Municipal de Obras e Planejamento Urbano de Matinhos, a solicitação também já foi feita e agora aguarda apenas a definição de uma data para a realização do transporte do porto até a cidade.
Guaratuba receberá 2 mil metros de bica corrida e já está organizando a logística e o armazenamento. A retirada será em 30 dias. A prefeitura de Antonina declarou que o material ainda não foi liberado para a retirada, e que as rochas serão utilizadas para melhorias em locais a serem avaliados posteriormente. Apesar de cada cidade definir o próprio cronograma para coleta das rochas, a expectativa é de que a distribuição ocorra até o fim do ano.
Como está sendo feita a detonação das rochas em Paranaguá
Serão seis partes retiradas de pontos rasos do maciço de rochas da Pedra de Palangana, que somam 22,3 mil metros cúbicos em volume. A menor delas tem 361 metros cúbicos e a maior 8 mil. O desmonte de cada maciço está sendo feito de forma separada: uma embarcação perfura vários pontos nas rochas para instalar os dispositivos de desagregação, responsáveis por fragmentar as rochas.
A previsão é de que o procedimento completo, que inclui mobilização dos equipamentos, perfuração, desmonte e remoção das rochas, demore oito meses. Com a retirada de apenas 12% da pedra, o risco de encalhe de navios e desastres ambientais será minimizado, isso porque essas embarcações têm maior calado (a medida da parte submersa) e hoje não podem atracar devido ao tamanho das rochas. A detonação também pretende garantir mais segurança para a navegação marítima, já que entre 2001 e 2013, aconteceram três acidentes com navios colidindo com o complexo rochoso.
-
Religião pode se misturar com política? Assista ao Pensando Bem
-
Conflito com Moraes e governo lança holofotes sobre os negócios de Elon Musk no Brasil
-
Alexandre de Moraes manda PF interrogar executivos do X no Brasil; acompanhe o Sem Rodeios
-
Moraes é convidado especial de Pacheco em apresentação de proposta de Código Civil
Alep aprova acordos para membros do MP que cometerem infrações de “menor gravidade”
Após desmoronamento, BR-277 passa 15 horas interditada em Guarapuava
Sindicato processa Eduardo Bolsonaro por chamar Polícia Federal de “cachorrinho do Moraes”
Juízes federais paralisam atividades em protesto contra afastamento de magistrados da Lava Jato
Deixe sua opinião